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segunda-feira, 7 de maio de 2012

A VIZINHA TÁ DE OLHO NO PERU, PEGA O MEU PERU, PEGA O MEU PERU

E depois de um tempinho, agora vou comentar de como foi a viagem para o Peru. A ida (dia 30/04) foi num avião da TAM cheio de brasileiros que queriam porque queriam encontrar o lago Titicaca. Aliás, do avião eu via um monte de lagos Titicaca, e alguns titiquinhas. Pousando em Lima, experimentei o guaraná jesus do Peru, a Inca Kola. Sabe quando você vê faxineiras colocando detergente amarelo na garrafa pet? Esta é a cor do refrigerante, mas ele tem o gosto do Guaraná Jesus. A primeira parada da viagem foi em Cusco, que é uma mistura de Teresópolis, Ouro Preto e Angra dos Reis na parte serrana. O centro histórico é muito bonito. O detalhe é que no hostel que eu estava nada me lembrava Peru. O albergue era irlandês, a festa de segunda era holandesa, o cantor era australiano cantando música americana e bebendo cerveja brasileira. Nesta noite, fui conhecer a Groove, baladinha de Cusco que ensinavam a gringaiada a dançar salsa. Saí antes que pensasse em escutar qualquer Michel Teló. No segundo dia, apesar de ser feriado, eu fui tentar conhecer a pé a cidade de Cusco. Mas antes de mais nada, com uma dor de cabeça do cão, um brasileiro me forneceu folhas de coca para mascar. As folhas têm gosto de carqueja, mas já ajudavam aquela altitude. Tinha um trenzinho de madeira que ia fazer o passeio do tour, mas parecia não estar funcionando. À tarde, fui conhecer as ruínas de Sacsayhuaman, que ficavam no topo da cidade. A guia local explicava tudo em espanhol e em inglês, e quando estava indo comprar meu ingresso, eu escutei a Joelma berrando "CALYPSOOOOOOO!" Não tinha encontrado nenhum brasileiro, e pensei ser algo da minha cabeça. Quando eu perguntei pra guia, e não é que este era o ringtone do celular dela? Lá na região acabei conhecendo o tecido de alpaca, um dos que mais esquenta no mundo, e comido choclo, o milho peruano, que na verdade é um milhão. As ruínas são impressionantes para você ver a dimensão das cidades que existiam no período inca. Mas nada se comparava com o que chegaria: Machu Picchu, que eu fui conhecer no dia 02. Fui de trem, e o trem é bonitinho, possuía teto solar para você enxergar o topo das montanhas andinas que você da janela comum jamais conseguiria enxergar. Foram três horas de viagem e mais uma empacada equivalente à do bonde de Santa Tereza. A paisagem mesclava rios, canyons e montanhas com picos de neve, que chegavam até a 5.000m de altitude. Chegando, ainda teria que tomar um ônibus que fez um caminho todo trabalhado no zigue-zague, que faz uma rodovia como a Tere-Fri parecer a Imigrantes. Subimos, subimos  e subimos e chegamos. Machu Picchu fica a 2.400m de altitude, mais baixo que Cusco, mas é inexplicável de tão grande. Aquelas fotos que você vê na TV ou em qualquer lugar que se refere a Machu Picchu não dão a dimensão exata do tamanho da criança. E no tour você pode subir e descer toda a cidade para conhecer os detalhes da única cidade inca que não foi totalmente destruída. Lá mesmo tomei chicha morada, um refresco feito de milho local. No retorno do trem, os comissários fizeram um desfile de roupas de alpaca. No dia 03, embarco pra Lima e o clima muda, já é mais ameno, e é no nível do mar. Já fico impressionada com os sinais de rota de evacuação em caso de tsunami, pois como é uma região cheia dos terremotos, eles tem que ter este gerenciamento de crise. À tarde, faço o city tour da cidade, mas antes saboreio um ceviche. Pensei que tivesse mais coentro, porque a salada do trem de volta de Machu Picchu era tão puro coentro, que a americana que estava sentada do meu lado deu duas garfadinhas e deixou de lado. E dia 04 foi o dia do retorno para o Brasil, depois de uma bela viagem.

Curiosidades peruanas:
Em qualquer lugar do mundo que você vá, e que tenha uma pracinha, você vai encontrar alguns peruanos, a caráter ou a paisana, com uma flauta na mão, tocando ou canções folclóricas ou ritipareides. O que aconteceu? Não sobrou um no Peru pra contar história, apesar de ter à venda em diversos lugares CDs e flautas. A única exceção foi num restaurante caro em Machu Picchu que tinha um grupo tocando flauta. Nas pracinhas de Lima não achei nada.
Não só o celular da guia tocava Calypso, como no aeroporto de Cusco tinha uma lojinha peruana com o DVD do Calypso. Ou seja, eles desbancaram o Michel Teló.

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