Quem me conhece sabe que sou mais de cantar do que de atuar, mais de cinema do que de teatro. Mas de uns tempos pra cá comecei a ver que juntando tudo, a arte fica mais completa. Foi por isso que resolvi assistir a alguma peça do Cena Contemporânea 2013, o festival de teatro do Distrito Federal onde pude juntar teatro físico, dança, meditação, haikai, clown e um grande amor.
Nos mesmos moldes que eu escolhia um filme nas já conhecidas mostras de cinema tanto de São Paulo quanto do Distrito Federal, eu escolhi uma peça para assistir. E foi a Imagens do Sagrado - Bilma, da Cia. Os Buriti. A peça em si é um monólogo de dança, no qual a atriz contracena com ela mesma, com a plateia e com a luz. Com poucas falas, ela demonstra com gestos e expressões desespero, angústia, alegria, fuga da luz, sombra, morte, vida e libertação. E os números de dança são verdadeiras orações na qual ela entra em conexão com ela mesma e com o sagrado. A luz também fez o seu papel de destaque conduzindo o ambiente para as tais imagens do sagrado, principalmente as cabalísticas. O interessante é que a dança era cíclica e em círculos e o ambiente de teatro de arena ajudava para que todo mundo pudesse ver. E eu, que sou naturalmente uma mão-de-alface, estava totalmente absorta nos diversos movimentos, cada um relacionado a um elemento da natureza. Aprendendo e curtindo a experiência do teatro.
Para quem quiser assistir, amanhã tem mais no CCBB, R$ 10 a meia.
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