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domingo, 17 de maio de 2015

QUEM DERA SER UM PEIXE - a saga de uma compradora coletiva (Especial Lulu Santos)

Ontem teve mais um show de compra coletiva que me fez voltar ao tempo: Foi o show de Lulu Santos e Capital Inicial, que me fez ir para 1997, quando eu assistia os shows da Jovem Pan e usava tatuagem de gargantilha e terceiro olho. E o primeiro sinal de que você é uma pessoa bem passada é quando jovens começam a usar modas que você usava na adolescência. Pois ontem eu não vi uma menina com tatuagem de gargantilha e outra com um terceiro olho? Cantemos: "raiou o sol..."
O show foi dentro da área externa do estádio Mané Garrincha, mais precisamente antes das entradas dos ingressos lá da Copa do Mundo. Os portões abriram às 21h e enquanto o show não acontecia, o DJ tocava músicas dos meus tempos de Brasil 2000. Tinham duas pistas, a pista premium e a pista pobre. Obviamente estávamos na pista pobre, no meio de um monte de gente que estava sentada aguardando o show. O primeiro show foi o do Lulu Santos. Foi, acho, o meu quarto ou quinto show do Lulu que eu vejo, porque eu vi um na Praia Grande além dos da Jovem Pan. Lulu entrou, cantou "Toda forma de amor", e na segunda música, ploft! O gerador pifou e levou mais ou menos uns 20min para a produção do show arrumar o show. O povo (principalmente da pista pobre) já estava ficando impaciente. Quando o show voltou a funcionar, o som não chegava na pista pobre. Aí o povo começou a vaiar e gritar "CADÊ O SOM???" Meu respeito ao Lulu, que eu escuto desde que não sabia pronunciar o "L" e chamava de "Iuiu", mas eu não vaiei. A galera só sossegou quando o som veio um pouco mais no hino da friendzone "Apenas mais uma de amor". Teve um momento que as luzes se apagaram só pra melhorar o som. Apesar do som fraco de onde a gente estava, foi um show super pra cima, com os vocais competentes de Lulu, da backing gostosa e de Milton Guedes, que tem uns 420 anos de carreira com o Lulu e voltou para tocar gaita, saxofone, pandeiro. Lulu já tem mais de 60 anos, mas tem muito pique com sua guitarra inconfundível e seu jeito de dançar com a guitarra. Lulu desfiou seus maiores sucessos, como a melô do leproso, a abertura da Malhação (não me venham com Charlie Brown, esta é a primeira e verdadeira), e músicas que eu já cantei com a Guarda do Conde, como Um certo alguém e Casa. No final, rolou a tríplice coroa do Lulu, "Sereia / De repente Califórnia / Como uma onda", encerrando com Tempos modernos. 
O show acabou 1h da manhã. Levou mais uma hora para trocar os instrumentos do Lulu e entrar os do Capital. Quando o Capital entrou no palco, mais precisamente o Dinho Ouro Preto, aumentou a concentração de calcinhas molhadas por m². De fato, Dinho ficou melhor mais velho. Mas o som ficou pior no show do Capital. Eles até aumentaram o som, mas ficou totalmente barulhento em vez de criar uma sonoridade agradável, como estava no show dos Paralamas e Titãs. Na segunda música, eu olhei pro meu marido, ele olhou pra mim e dissemos: "Vamos?" E fomos embora deixando o show pra trás e toda a barulheira junto. A barulheira era tanta que quando o Dinho falava, a gente não sabia se ele estava falando seu bordão "Do caralho".
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