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sábado, 1 de janeiro de 2005

SÃO SILVESTRE - WE ARE THE CHAMPIONS

Para começar, vamos falar do último evento celebridade do ano: a São Silvestre.
Saí da minha casa, e já no metrô eu vejo uma família de corredores. Na próxima estação, entram mais dois com mais de 60 anos. Desço na próxima e espero Bárbara e sua mãe. Iríamos ver o baixista Victor Dariano estrear na São Silvestre. Chegando lá, a Paulista estava totalmente diferente. Quem anda por lá normalmente de carro ou ônibus, se espanta. Eu não imaginaria que iria ter tanta gente por lá, já que a maioria foi viajar. E tinha gente do Brasil e do mundo inteiro, todos esperando a largada da São Silvestre. A Paulista estava pronta para o Reveillon que teria mais tarde, com balões com contagem regressiva (acho que acenderiam aos 10, 9, 8...) e o palco pronto mais a frente. O locutor animava o público e coordenava os corredores. Nisso, caiu um princípio de chuva, mas nada que assustasse. O que assustou foi um morteiro que estourou e os corredores acharam que era a largada.
Buzina, largada verdadeira. O pelotão de elite corre, e logo atrás vem o povão. 15 mil pessoas. E enquanto eles largavam, rolava "Carruagens de fogo", em 15 minutos. Da largada você percebia a dimensão da prova. Pessoas com faixas de Vitória, Cariacica, Toledo, Aramaçan, Flamengo, Vasco, Atlético Paranaense, bandanas com a bandeira do Pernambuco, do Rio Grande do Sul, suecos nada deslocados, pessoas em grupo carregando faixas, corpo de fuzileiros navais, bombeiros, tartarugas-ninjas, bananas-de-pijamas, maracatus, chapolins colorados, zorros, super-homens, homens-aranha, padres nada irlandeses, pessoas protestando pelo Fome Zero, contra a corrupção, a favor das vítimas do maremoto, devedores (a placa era: "Devo, não nego, pago quando ganhar a São Silvestre"), e a tradicional noiva da prova. No meio disso tudo estava Victor Dariano, baixista da Guarda do Conde, escondido na multidão. Depois da largada (quando o último largou, os quenianos já estavam no Pacaembu). Fomos até a Brigadeiro, e quase perdemos o primeiro queniano passar. Mas nisso, passavam algumas mulheres, alguns que furaram a fila, corredores acompanhados de guias. O helicóptero da Globo se aproximava e a gente sabia que eles estavam vindo. Passaram as motos da polícia (reforçadas anti-padres-irlandeses) e depois o queniano. Atrás vinham outros mais o brasileiro, incentivado sob os gritos de "Força, já está chegando!". Ele chegou em quinto. A partir daí, foram chegando os outros. Muitos desistiram, dois passaram mal e tiveram que ser levados de maca ao ambulatório instalado na Paulista, outros vinham mancando, outros fazendo gracinha (como o cara com a máscara do Lula-lá), outros faziam muito esforço, outros corriam com uma tranquilidade... E pasmem! Muitos dos que correm fantasiados, chegam no final da prova. É o caso dos maracatus, tartarugas-ninjas, zorros, o devedor, que disse "Fica pra próxima", a noiva, algumas pessoas carregando faixas (até as que carregam em dupla), e um grupo de onze pessoas uma do lado da outra formando o dizer "FELIZ ANO NOVO" com as camisetas. O grupo de fuzileiros navais passou firme e forte gritando: "A-ha, u-hu, a Brigadeiro é nossa! A-ha, u-hu, a Paulista é nossa!"
Nisso passou nosso atleta, que viu a nossa presença e fez sinal. E ele corria como se não estivesse cansado. Logo após, passou alguém muito parecido com o Japinha do CPM22. Eu e a Bárbara até achamos que fosse ele, que escolheu algo para gastar melhor acém. Quando até os policiais começaram a se retirar, fomos embora, e nisso já estava rolando a Festa na Paulista.

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