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domingo, 8 de março de 2015

QUEM DERA SER UM PEIXE - a saga de uma compradora coletiva (Especial Paralamas)

Faz tempo que não escrevia por aqui e foi até bom porque não escrevi sobre os 7 a 1 da Copa.
O show de ontem também foi possível por causa da compra coletiva. O evento foi o Brasília Rock Show, com os shows de Paralamas e Titãs. Literalmente, os Paralamas do Sucesso foram tocar na capital.
https://instagram.com/p/z9F5abjZkW/?modal=true - A foto!
Chegamos lá cedo para retirar os ingressos e foi bem rápido. O detalhe é que os portões só iam abrir uma hora e meia mais tarde. Fizemos uma agá e conversamos com uma família carioca que estava com uma turma enorme pra ver o show. O portão abriu às 21h e conseguimos um lugar perto para ver e dançar. Enquanto o show não começava, o DJ botava uma sessão nostalgia tocando sucessos dos tempos que eu ouvia a Jovem Pan (de 1994 até mais ou menos 2003), principalmente de bandas como Skank, Jota Quest, Lulu Santos, Barão Vermelho. Aliás, que música boa nacional toca na Jovem Pan de hoje a não ser uns arremedos de Charlie Brown Netos? Sim, tô veia.
Umas 22h35, praticamente no horário, começa o primeiro show, dos Paralamas do Sucesso, abrindo com a música virundeada "Alagados". Eu já tinha visto o show umas três vezes nos tempos dos shows da Jovem Pan, por volta de 1995, 1996. E a energia deste show foi exatamente a mesma. Eram os três tocando: Barone na plataforma da bateria, Herbert na plataforma da acessibilidade e Bi em baixo porque cismam com a ideia de que todo baixista é autista. A banda de apoio com metais e teclado, e no fundo, um telão de LED mostrando vídeos e fotos das músicas sendo tocadas. Eles colocavam o nome da música e o ano, e eu me lembrei dos bons tempos que os Paralamas faziam videoclipes no banheiro com a Conspiração (Um beijo, antiga eme-te-vê!). Eu sabia quase todos. Adorei ver ao vivo músicas que eu já tinha visto e as que não tinha visto ainda ao vivo, como "Ela disse adeus". Eles tocaram as três músicas que eu cantei com a Guarda do Conde, "Meu erro", "Óculos" e "Lanterna dos afogados", fora muitas outras que entraram no meu inconsciente coletivo, como o outro virundum "Entrei de caiaque no navio".
Foi uma hora e meia de hits, com uma explosão de cores da iluminação, brilhando forte no Barone nos seus solos, focando no Herbert, na banda de apoio e... por que ninguém foca no Bi?
Me senti em 1995, não fosse a fotógrafa de um site de eventos tirando foto nossa pro site (isto me fez sentir em 2005), e um drone que ficou sobrevoando o interior do Nilson Nelson tirando fotos e parecendo monstrinho de seriado japonês querendo atirar no inimigo. (aliás, sou do tempo em que bolas do Playcenter e camisinhas voavam nos shows, e não drones)
Eu não me lembrava que o Barone é um baterista foda e o Herbert, apesar do acidente, continua tocando pra caramba.
Terminado o show dos Paralamas, os roadies tiraram toda a instrumentação para receber os Titãs. Enquanto isto, mais músicas do tempo da Jovem Pan (isto porque apareceu a locutora da Transamérica, a rádio mais rock do DF, cobrindo o evento). Os Titãs estavam com iluminação mais simples e no fundo a capa do CD atual, mais pesado, que ganhou prêmios (segundo uma mulher atrás de mim, "Prêmios de bosta"), mas eles preferiram puxar os hits que todo mundo canta. Atenderam o famoso "Toca Raul!". Paulo Miklos cantava "Diversão" enquanto o povo nem aí enchia a cabeça de álcool atrás de distração. Quando tocaram "Vossa Excelência", o povo xingou até todos os envolvidos do lava-jato. A melhor banda de todos os tempos da última semana tocou a música que cantamos na Guarda "Sonífera ilha"
Saímos com uma hora de show antes de acabar e começar a muvuca do estacionamento, mas saímos com a alma lavada lembrando das músicas boas que escutamos "desde os primórdios até hoje em dia".
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