Pesquisar este blog

sábado, 6 de novembro de 2004

V FEST FARMA 2004: MENOS QUE DEVIA, MAIS DO QUE MERECIA?

Primeiro era vertigem
Os preparativos de força maior começaram na quinta-feira, quando o André recebeu uma ligação do CA dizendo que "Djavan é legal, mas vocês vão tocar num bar de rock". A nossa melhor música até então tinha acabado de ser descartada! Foi aí que o André teve idéia de última hora de colocar "Casa", do Lulu Santos, pra encerrar o show ("eu tô voltando pra casa!").
Na própria quinta, a gente marcou ensaio no estúdio, mas se esqueceu de avisar o dono do estúdio. Mas seguimos pra casa do Yuji onde a gente passou todas as músicas e em especial a "Could it be any harder" e a "Casa".
E por você eu largo tudo
O mesmo André ligou ontem para a gente chegar mais cedo, às 21, para passar o som. Ligamos para a banda inteira. Quando o André chegou em casa, veio com uma notícia chata: Mariana, que estava se desenvolvendo bem e cantando lindamente, não poderia vir pois estava passando mal. E agora, o que faremos com "Exagerado"? Não tocaríamos ou racharíamos eu e a Bárbara? No Valadão, a Bruninha, o André, a Bárbara e eu decidimos cantar o "Exagerado". Mas o Flávio parou porque a gente não estava lá tocando tão bem essa música.
And all the roads we have to walk are winding
Chegamos às 21:15, depois de um rolé estressante pelas contramãos do Bexiga até achar o comecinho da 13 de Maio. Junto chegou Valtinho, e logo após, Flávio e Júlia. O Victor, como estava em aula, deixou o celular desligado e só depois que conseguiu falar com o Valtinho, porque iriam juntos. Só ligou pro Valtinho, que já estava no Bar e chegou umas 21:30. Mas às 22h, nada de Kenji, Yuji, e guitarra do Valtinho. E agora? Quinze minutos depois, eles chegam com a guitarra e prontos para arrumar o som no palco. Que palco? Veja!
Não há nada de novo, ainda somos iguais
Desde que fui informada que faríamos o show no Café Aurora, pensei logo naquele palcão da entrada. Falei pra todo mundo que era palco de verdade que a gente iria tocar. As mãos congelavam, as barrigas tremiam enquanto estávamos no Valadão. Assim que chegamos lá, vimos o palcão e o cara do CA mandou a gente descer a escada. Vamos deixar os instrumentos lá, pensei, ou deve ter uma passagem pro palco. Nada disso.
Lá embaixo ficava o palquinho que a gente iria tocar, uma espécie de Palco Brasil do Fest Farma (o "Palco Mundo" era o de cima). Clima bem hardcore que realmente não combinava com Djavan, ainda mais misturado com George Michael.
Não tem explicação, não tem, não tem
Lá tinha um cheiro de poeira e mofo, e os retornos eram de mil-novecentos-e-bolinha. Tinha máquina de gelo seco, que se alguém ligasse, morria. E a bateria não tinha caixa. Flávio se virou tocando nas outras caixas. E o meu cabo e o do André estavam com problemas, não poderiam ser pisados nem a pau. Mas assim, prosseguimos o nosso show.
Are you ready, hey, are you ready for this?
Tudo pronto, começou o show. André era o nosso mestre-de-cerimônias, apresentando a gente. Um pouco de cada música:
Wonderwall: A primeira música é sempre um alívio. Ainda mais quando representava a continuação do legado Valvulada 2003. Numa versão ainda melhor que a tocada ao vivo ano passado, porque eu pude fazer o que eu queria ano passado.
Minority: Hora de ser punk em um lugar bem punk. Kenji cantou a música e Yuji fez os backings ensaiando fazer uma coreografia que combinava com o ritmo da música. Destaque para a bateria forte do Flávio.
Another one bites the dust: A marcação do baixo do Victor e meu ar poser (mesmo estando sem aquela camiseta) foram destaque. Enquanto eu cantava na posição Bruce-Dickinson-fear-of-the-dark, André e Valtinho mostravam o swing de suas guitarras. Teve um semi-momento "I believe in a thing called love" onde todos batiam palmas no palco.
Equalize: a estréia de Bruninha, que já se soltou e entrou no clima da música. Valtinho fez o riff original da música e nessa hora alguns casaisinhos na platéia começavam a aflorar.
Could it be any harder: Ficou uma versão acústica, acústica com guitarras. Mas o fato foi que Flávio e Victor descansaram. Yuji pegou a minha guitarra, tocou junto com Valtinho e eu fiz os backings junto com Bruninha. A música ficou bem Savage Garden.
O segundo sol: Hora das três guitarras funcionarem. Bárbara soltou a voz enquanto casaisinhos se beijavam na platéia. Eu fiz o riff característico dessa música.
Meu erro: Yuji e Bruninha dividiram os vocais. Eu aproveitei que não toquei para tirar fotos. Destaque para as paradinhas certeiras na bateria e a guitarra ska do Valtinho.
Super Duper love: Bárbara e Bruninha faziam os backings enquanto eu mostrava o meu talêntio para o público. Foi uma versão correta e bacana. Até eu gostei mais ao vivo que gravado. (detalhe, ainda não tenho o CD)
Casa: Para encerrar com chave de ouro a música que a gente ensaiou em um dia (não é "Nem um dia", é "em um dia"). E não é que saiu boa? André cantou e se soltou bem mais, e ainda deu espaço para o Victor fazer solo de baixo. Encerramos o show aos gritos de "Aê, bixo!!!" e "Toca Raul!!!"
In the presence of all my friends
Acabou o show, e a gente da banda tinha direito a open bar. Mas o open bar era somente cerveja e caipirinha. Como eu tinha um Valadão a zelar, fiquei na seca. Flávio, Júlia, Victor e Bárbara ficaram pra ver os próximos shows. A segunda banda era boa, mas os outros foram embora, com a certeza de um dever cumprido, mas que esperávamos mais, esperávamos, porque somos pretensiosos e queremos cantar em 2005 "Bohemian Rhapsody".

Moral da história: "Em todos esses anos nessa indústria vital, é a segunda vez que isso me acontece."

Nenhum comentário:

eXTReMe Tracker