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quarta-feira, 3 de junho de 2015

Compre batom, compre batom...

Muito se falou do comercial da Boticário para o dia dos namorados, e dos meus chegados de feice-truque vieram vários comentários de vamos boicotá-los, ou vamos comprar deles mesmo que dia 12 eu esteja solteiro(a) e forever alone! E aí eu fiquei pensando comigo... nunca foi e nunca será uma propaganda bonitinha que irá me fazer comprar ou deixar de comprar determinado produto se minhas intenções de compra forem outras.
Quando uma pessoa em geral faz uma compra, ela faz pensada, analisada, pesquisada, avaliando custos e benefícios e tal. A repercussão de uma propaganda não pode nunca influenciar este tipo de compra. Lembra até quando eu era pequena que tinha aquela propaganda de "Compre Batom". Aqui o batom é outro, mas propagandas assim são feitas para estimular o consumo de seus produtos por determinados nichos da sociedade (aqui o núcleo LGBT, consumidor de produtos de extrema qualidade). Quem não se lembra daquelas propagandas de cigarro que mostravam pessoas ativas fazendo altos esportes e uns rockão de primeira? A música da propaganda que eu coloquei no link, inclusive, conheci pela propaganda, mas isto não me fez querer fumar nem boicotar o cigarro pela propaganda. O cigarro se autobloqueou por causa de seus efeitos nocivos.
Em tempo: eu não vou comprar ou deixar de comprar Boticário por causa de uma propaganda. A propaganda atingiu o objetivo? Méritos ao publicitário que a criou. Existem formas bonitas de se homenagear alguém sem precisar recorrer ao consumo excessivo, e também se quiser comprar algo para seu amor, que seja bem pensado e bem raciocinado. Não podemos deixar nem razão nem emoção vencerem. Estamos em tempo de consumo consciente. E isto ninguém pode boicotar.

domingo, 17 de maio de 2015

QUEM DERA SER UM PEIXE - a saga de uma compradora coletiva (Especial Lulu Santos)

Ontem teve mais um show de compra coletiva que me fez voltar ao tempo: Foi o show de Lulu Santos e Capital Inicial, que me fez ir para 1997, quando eu assistia os shows da Jovem Pan e usava tatuagem de gargantilha e terceiro olho. E o primeiro sinal de que você é uma pessoa bem passada é quando jovens começam a usar modas que você usava na adolescência. Pois ontem eu não vi uma menina com tatuagem de gargantilha e outra com um terceiro olho? Cantemos: "raiou o sol..."
O show foi dentro da área externa do estádio Mané Garrincha, mais precisamente antes das entradas dos ingressos lá da Copa do Mundo. Os portões abriram às 21h e enquanto o show não acontecia, o DJ tocava músicas dos meus tempos de Brasil 2000. Tinham duas pistas, a pista premium e a pista pobre. Obviamente estávamos na pista pobre, no meio de um monte de gente que estava sentada aguardando o show. O primeiro show foi o do Lulu Santos. Foi, acho, o meu quarto ou quinto show do Lulu que eu vejo, porque eu vi um na Praia Grande além dos da Jovem Pan. Lulu entrou, cantou "Toda forma de amor", e na segunda música, ploft! O gerador pifou e levou mais ou menos uns 20min para a produção do show arrumar o show. O povo (principalmente da pista pobre) já estava ficando impaciente. Quando o show voltou a funcionar, o som não chegava na pista pobre. Aí o povo começou a vaiar e gritar "CADÊ O SOM???" Meu respeito ao Lulu, que eu escuto desde que não sabia pronunciar o "L" e chamava de "Iuiu", mas eu não vaiei. A galera só sossegou quando o som veio um pouco mais no hino da friendzone "Apenas mais uma de amor". Teve um momento que as luzes se apagaram só pra melhorar o som. Apesar do som fraco de onde a gente estava, foi um show super pra cima, com os vocais competentes de Lulu, da backing gostosa e de Milton Guedes, que tem uns 420 anos de carreira com o Lulu e voltou para tocar gaita, saxofone, pandeiro. Lulu já tem mais de 60 anos, mas tem muito pique com sua guitarra inconfundível e seu jeito de dançar com a guitarra. Lulu desfiou seus maiores sucessos, como a melô do leproso, a abertura da Malhação (não me venham com Charlie Brown, esta é a primeira e verdadeira), e músicas que eu já cantei com a Guarda do Conde, como Um certo alguém e Casa. No final, rolou a tríplice coroa do Lulu, "Sereia / De repente Califórnia / Como uma onda", encerrando com Tempos modernos. 
O show acabou 1h da manhã. Levou mais uma hora para trocar os instrumentos do Lulu e entrar os do Capital. Quando o Capital entrou no palco, mais precisamente o Dinho Ouro Preto, aumentou a concentração de calcinhas molhadas por m². De fato, Dinho ficou melhor mais velho. Mas o som ficou pior no show do Capital. Eles até aumentaram o som, mas ficou totalmente barulhento em vez de criar uma sonoridade agradável, como estava no show dos Paralamas e Titãs. Na segunda música, eu olhei pro meu marido, ele olhou pra mim e dissemos: "Vamos?" E fomos embora deixando o show pra trás e toda a barulheira junto. A barulheira era tanta que quando o Dinho falava, a gente não sabia se ele estava falando seu bordão "Do caralho".

terça-feira, 21 de abril de 2015

MÚSICA ESTEPE, O REGRESSO?

Quando eu fiz este blog lá em 2001, a ideia também era resgatar as pérolas que ninguém lembrava, até porque em 2001 não existia sites de letras nem o youtube.
Outro dia eu estava chegando em casa e meu marido estava ouvindo esta música que acho que não tinha ouvido desde o século passado. E fiquei com ela na cabeça até.

Esta semana achei o videoclipe dela e a letra também. Totalmente finalzinho de anos 90.
- Clipe bonitinho para concorrer ao VMB? Check!
- Mulher de cabelo black power dançando feliz? Check!
- Mulheres maquiadas com cara de bosta? Check!
- Filmagem em 16mm para ficar mais "vintage" (Tudo bem que o termo vintage surgiu em 2010)? Check!
- Ventilador nos cabelos do vocalista? Check!
- Membro de banda com barba ruiva? Check!
- Banda tocando em túnel? Check!

SABOR DO SOL (Biquíni Cavadão - não preciso mais postar a letra, né?)

No final ele quebra o espelho e só volta a fazer sucesso em 2004.

domingo, 8 de março de 2015

QUEM DERA SER UM PEIXE - a saga de uma compradora coletiva (Especial Paralamas)

Faz tempo que não escrevia por aqui e foi até bom porque não escrevi sobre os 7 a 1 da Copa.
O show de ontem também foi possível por causa da compra coletiva. O evento foi o Brasília Rock Show, com os shows de Paralamas e Titãs. Literalmente, os Paralamas do Sucesso foram tocar na capital.
https://instagram.com/p/z9F5abjZkW/?modal=true - A foto!
Chegamos lá cedo para retirar os ingressos e foi bem rápido. O detalhe é que os portões só iam abrir uma hora e meia mais tarde. Fizemos uma agá e conversamos com uma família carioca que estava com uma turma enorme pra ver o show. O portão abriu às 21h e conseguimos um lugar perto para ver e dançar. Enquanto o show não começava, o DJ botava uma sessão nostalgia tocando sucessos dos tempos que eu ouvia a Jovem Pan (de 1994 até mais ou menos 2003), principalmente de bandas como Skank, Jota Quest, Lulu Santos, Barão Vermelho. Aliás, que música boa nacional toca na Jovem Pan de hoje a não ser uns arremedos de Charlie Brown Netos? Sim, tô veia.
Umas 22h35, praticamente no horário, começa o primeiro show, dos Paralamas do Sucesso, abrindo com a música virundeada "Alagados". Eu já tinha visto o show umas três vezes nos tempos dos shows da Jovem Pan, por volta de 1995, 1996. E a energia deste show foi exatamente a mesma. Eram os três tocando: Barone na plataforma da bateria, Herbert na plataforma da acessibilidade e Bi em baixo porque cismam com a ideia de que todo baixista é autista. A banda de apoio com metais e teclado, e no fundo, um telão de LED mostrando vídeos e fotos das músicas sendo tocadas. Eles colocavam o nome da música e o ano, e eu me lembrei dos bons tempos que os Paralamas faziam videoclipes no banheiro com a Conspiração (Um beijo, antiga eme-te-vê!). Eu sabia quase todos. Adorei ver ao vivo músicas que eu já tinha visto e as que não tinha visto ainda ao vivo, como "Ela disse adeus". Eles tocaram as três músicas que eu cantei com a Guarda do Conde, "Meu erro", "Óculos" e "Lanterna dos afogados", fora muitas outras que entraram no meu inconsciente coletivo, como o outro virundum "Entrei de caiaque no navio".
Foi uma hora e meia de hits, com uma explosão de cores da iluminação, brilhando forte no Barone nos seus solos, focando no Herbert, na banda de apoio e... por que ninguém foca no Bi?
Me senti em 1995, não fosse a fotógrafa de um site de eventos tirando foto nossa pro site (isto me fez sentir em 2005), e um drone que ficou sobrevoando o interior do Nilson Nelson tirando fotos e parecendo monstrinho de seriado japonês querendo atirar no inimigo. (aliás, sou do tempo em que bolas do Playcenter e camisinhas voavam nos shows, e não drones)
Eu não me lembrava que o Barone é um baterista foda e o Herbert, apesar do acidente, continua tocando pra caramba.
Terminado o show dos Paralamas, os roadies tiraram toda a instrumentação para receber os Titãs. Enquanto isto, mais músicas do tempo da Jovem Pan (isto porque apareceu a locutora da Transamérica, a rádio mais rock do DF, cobrindo o evento). Os Titãs estavam com iluminação mais simples e no fundo a capa do CD atual, mais pesado, que ganhou prêmios (segundo uma mulher atrás de mim, "Prêmios de bosta"), mas eles preferiram puxar os hits que todo mundo canta. Atenderam o famoso "Toca Raul!". Paulo Miklos cantava "Diversão" enquanto o povo nem aí enchia a cabeça de álcool atrás de distração. Quando tocaram "Vossa Excelência", o povo xingou até todos os envolvidos do lava-jato. A melhor banda de todos os tempos da última semana tocou a música que cantamos na Guarda "Sonífera ilha"
Saímos com uma hora de show antes de acabar e começar a muvuca do estacionamento, mas saímos com a alma lavada lembrando das músicas boas que escutamos "desde os primórdios até hoje em dia".
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