Faz cinco anos que escrevi sobre este belo dia, e tenho razões para escrever de novo. Pois ontem estive lá na véspera da rua, comemorando o dia da Rua 25 de Março, o "dia internacional do camelô". Mudou alguma coisa? Muito mais gente vinda do Brasil inteiro comprando aquele pano verde-folha para fazer vestido (moda que faz tanto sucesso no litoral que até a Juliana Paes na novela estava usando um vestido verde-folha). Tinha até turista tirando foto da multidão na ladeira do Porto Geral!
Andei pela 25 carregando uma sacola de +/- 3kg nas costas desviando de carros, camelôs e do Rappa, que quando chegava, dava impressão de que ia cantar "A minha alma tá armada e apontada para a cara do sossego" e todo mundo sairia correndo.
Lá tem de tudo: toalha de praia dos Rebeldes, DVD do filme "Os 300 de Esparta" (Aquele do Rodrigo Santoro. O detalhe é que ele ainda nem chegou aos cinemas daqui) e de todas as temporadas de Lost, flor do BBB, que uma das big-bodes usava no cabelo, boné da Antônia (versão paulistana do "boné da Gramorosa"), massageador com infra-vermelho (o excesso me causou dor nas omoplatas), cortador de cabelo, de barba e de pêlos no nariz e na orelha, brinquedinhos que fazem qualquer criança feliz e um canudo que os camelôs ficavam soprando toda hora e saía sons irritantes como "Ai ai ai titia!", entre outras bugigangas.
Portanto, você, que quer passear em São Paulo e não tem medo de gente, de ficar no sol e de ouvir "Ai ai ai titia!" direto, venha para a 25! Você não sairá com as mãos abanando.
Nenhum comentário:
Postar um comentário