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domingo, 12 de junho de 2011

LÁ E AQUI

Parecia São Paulo: frio, chuvoso e com trânsito, e eu com um inexplicável aperto no coração. E uma sensação de alívio, pois depois de meses de árduo trabalho eu iria tirar férias. Mas estava em Brasília, mais precisamente em direção ao Guará, onde tudo aconteceu. Uma maravilhosa notícia de vidas a caminho animou aquela noite. Entre sanduíches, batatas fritas e crianças birrentas, íamos nos preparando. Mas eu não sei andar no Guará, e este troço apitando aí é o sensor de... (carro morre) caralho! Voltamos correndo para nos trocarmos. E a blusinha do Barba? E a sapatilha? E a maquiagem? E o cabelo? E como vamos montar as cadeiras? Descemos e eu nem tinha colocado meu rímel. Arrumamos o espaço e subimos de novo. Terminando de fazer a maquiagem, todos nós nos reunimos em roda, e naquele momento eu percebi que o show tem que continuar. Não importa como você está fora do palco, aquilo fica fora do palco quando você entra. E com uma plateia maior do que esperávamos, descemos para a apresentação. A plateia já aplaudia antes mesmo da gente entrar. Entramos. A plateia aplaudia e acompanhava a cada música que a gente cantava. A sensação é de que o Guará era nosso. Uhul! Um "De novo!" exaltado subiu o ânimo das mulheres no palco e a gritaria histérica e as risadas animaram os homens no palco. E a plateia ia ao delírio de novo. Escrevendo assim nem parece, mas quando volta a sensação é emocionante. E o povo gritava nossos nomes entre comentários como "Viva Bob!". Ouvi até um "Maria, sua linda!" e aquele dia de fog brasiliense elevou nossas almas e espíritos.
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