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sábado, 29 de maio de 2004

O FANTÁSTICO CHOUBISNES DE MAFÊ ESPECIAL

A trajetória de um flautista
Tarsílio começou a tocar flauta antes de se mudar para o colégio. Em 2000 ele já dava o ar da sua graça nos videokês com a turma do colégio. Mas pouca gente sabia que ele tocava flauta. E flauta transversal, que é aquela chique que poucos como Altamiro Carrilho tocam. Enfim, eu tenho uma fita cassete com uma cantata que ele tocava e solava na flauta.
Depois que ele entrou na faculdade de letras da USP, ele também passou a dar aulas de flauta na sua igreja para interessados.
Foi depois de tanto empenho que ontem foi o seu primeiro recital. E eu estava lá.
Ele iria tocar várias peças e teria a companhia de uma ex-professora sua, que tocaria piano. O recital seria dividido em duas partes: a primeira é música de câmara (que eu na minha inguinorança achava que era tirar foto de músico), onde nos intervalos das sonatas (por exemplo, entre um adágio e um allegro), ninguém podia aplaudir. E quem disse que o pessoal obedecia? Parecia o acústico do Legião Urbana que eles estavam apresentando a "La sereníssima" e o pessoal aplaudia no meio pensando que já terminou.
Na parte da música de câmara, tocava ele, mais seu atual professor, outra flautista, e uma violinista. As flautas são etéreas, e aquele trios de flautas eram a coisa mais linda que tinha.
A parte dois era a pianista e o Tarsílio. De vez em quando a pianista solava. E ela solou uma música de Chopin. E foi aí que eu me lembrei de um episódio do Pica-Pau que ele e o Andy Panda tocavam músicas de Chopin e aparecia vários foguinhos andando até os pianos.
A última música, o "Concerto Il Gardellino" de Vivaldi mostrou toda a virtuosidade do Tarsílio. E ele foi aplaudido de pé pela plateia ensandecida.
E quem não foi, perdeu.

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