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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

DE VERMELHO E BRANCO, ELA É TÃO CHARMOSA

E veja aqui os detalhes desde a ida até a volta.
As três Marias passaram
Chegamos na 410 onde os ônibus iriam sair. A nossa ala (os anjos da literatura) estava quase toda lá. Enquanto o sol se punha, a gente aguardava nossa diretora de ala chegar para os últimos ajustes de uma fantasia. E com um durex fizemos um "remendation" para arrumar o que caiu.
Os anjos reveem o passado
Lá conhecemos uma menina e seu pai que desfilou e quase foi diretor de ala na Vai-Vai. A menina de 11 anos lembrava a Laura Pausini, e ela disse que eu parecia a Lady Gaga. E nós internacionais de São Paulo esperamos até a diretora de ala aparecer.
O Quinze foi o primeiro
Fomos comer alguma coisa (mas minipizza com ketchup é heresia!) e já levaram a gente para os ônibus. A ala do Quinze, que também esperava lá, entrou primeiro no ônibus e foi embora. Entramos no ônibus, acomodamos as fantasias. e saímos.
Maria Moura com boa memória
Claro que no caminho até a Ceilândia iríamos cantando o samba-enredo. Mas como tinha algumas pessoas que não tinham decorado até então, e nós sabíamos a letra inteira, a gente puxava o samba. Mas o pessoal já estava empolgado com a possibilidade de retorno ao Grupo Especial e começavam a cantar "A Asa Norte voltou, a Asa Norte voltoooou..." E depois um amazonense começou a puxar o samba-enredo da "Aquarela Brasileira" com destaque particular nosso para o Pará, Brasília e São Paulo. Puxou outros sambas e no final já estava cantando "Ê Faraó" e "Madagascar Olodum".
Nesta grande festa popular
Chegamos no Ceilambódromo, nos reunimos em volta do carro abre-alas, enquanto o trio bloco Aquarela com a banda Açaí com Guaraná e Os Marotos percorria o Ceilambódromo sem ninguém atrás. A nossa escola seria a terceira a desfilar. Primeiro foi a Unidos de Santa Maria e depois a Unidos do Paranoá, que apesar de serem escolas pequenas, eram bonitas e organizadas. Aliás, o Ceilambódromo me surpreendeu: todas as arquibancadas são cobertas, ao contrário da Sapucaí e do Anhembi. Enquanto aguardávamos, ouvíamos toda a sorte de piadinhas e cantadinhas pelo fato de nossa fantasia ser de anjo.
Com os anjos nesta noite de luar
Entramos na concentração, e enquanto a Paranoá desfilava, nos organizávamos em filas de 5. Ensaiamos uma pequena coreografia para o refrão e o resto, só alegria. Surpresa: achávamos que seríamos as últimas alas a desfilar, e fomos a primeira ala Ala, porque o desfile começava com a comissão de frente, e depois o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, a gente, a ala das baianas, e só depois o carro abre-alas. A responsa só aumentava, nossa harmonia e evolução tinha que agradar e surpreender os jurados.
Com esse balanço chegamos pra sacudir
Zerou o cronômetro, o puxador puxa a "Aquarela brasileira". Uma das meninas nunca tinha desfilado, a outra tinha experiência do boi-bumbá de Parintins. E eu, apesar de ser meio rata-velha de desfiles, estava com frio na barriga. Pisamos na passarela e mostramos o nosso máximo, nosso samba-no-pé, nossa alegria, nossa alegoria, nossa evolução, nossa harmonia, e eu quis mostrar que estava com a letra do samba na ponta da língua. Foram 38 minutos desfilando, e com algumas câmeras do SBT, alguns jornalistas tirando foto da gente no meio, algumas pessoas na arquibancada cantando o samba-enredo, algumas amigas gritando, um povo em cima fazendo dancinhas, alguns gaiatos fazendo coraçãozinho, interagindo com a gente. A gente cantava, pulava, sambava, rasgava a fantasia, até perderam o brinco no meio do ceilambódromo. Cruzando a linha da dispersão, vários brigadistas com máscaras de gripe suína, quando eu pensei em perguntar, uma delas achou que eu estivesse passando mal. Mas não estava, estava só acabada de tanto pular. Fui tomar água e uma Maria Moura estava indo pro posto médico.
A Asa Norte hoje engalanada orgulhosamente não se cansa de cantar
As fantasias foram todas deixadas num canto para todos caberem dentro do ônibus de volta. Entramos no ônibus sob os gritos de "É campeã!" Passamos, ou melhor, o povo passou toda a Estrutural cantando sambas, marchinhas, várias do Adoniran. O marido da diretora de ala se surpreendeu que eu sabia todas do Adoniran mas não sabia as da Portela. Mas nós estávamos mais pra lá do que pra cá, acabadas, mas felizes.

Um comentário:

Unknown disse...

Muito bem! Gostei da sua saga! Espero que no ano que vem vocês desfilem no 1º Grupo.

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