Em 1999, eu passo o feriado em uma pousada lá perto. Sem ter o que jantar, fomos aonde? Na pizzaria tosca. E lá estava tocando Sérgio Bianco tocando o quê? WANDO!
Na hora do intervalo, quando ele foi passar para conversar com cada mesa (a pizzaria era tão tosca que tinham apenas duas mesas ocupadas: uma era a nossa e a outra era de revendedoras de lingerie), meu pai teve a (in)feliz idéia de falar que "minha filha toca violão e canta". Pra quê? O Sérgio Bianco me chamou para tocar com ele e eu com meus ingênuos 16 aninhos fui tocar. E como tinham as necessitadas revendedoras de lingerie que até deram calcinha para o cantor de Peruíbe, eu toquei Wando e depois fiquei cantando um pouco junto com ele. Eu comprei o CD dele autografado especialmente para a gente.
No dia seguinte, voltamos a pizzaria tosca contra a vontade dos meus pais (aquela pizzaria era muito tosca! Foi lá onde eu comi a pior pizza de Marguerita da minha vida!) e quando eu apareço ele está lá cantando: "Essa noite eu sou o homem mais feliz que o amor já fez..." E meu olho brilhou. Voltei pra São Paulo escutando o tempo todo o CD dele (onde ele aparece fotografado na Juréia com roupinha de cowboy, com direito a "uma beca invocada, um pingente no chapéu...") que tinha entre outros sucessos, "Ai eu quero me casar" e a brilhante regravação de "There's no more corn on the brasos".
Seis meses depois, decido passar o meu aniversário em Peruíbe. Vou até a pizzaria tosca onde Sérgio tocava. Chegando lá, me decepcionei: FECHADA!
Desde aquele dia então, eu me pergunto: Que fim levou Sérgio Bianco, o cantor de Peruíbe?
Em breve no "Fantástico choubisnes de MaFê, Adriana, a ex-professora que virou Banana Split; Michelle e Graziella, as "funkeiras-sertanejas" da Vila Matilde; Priscila, a cantora evangélica amiga da Renata, Luiz Carlos e a banda BNA, que mandaram sua música "Vento das Mudanças" para uma rádio, a história de dois baixistas chamados Victor, entre outras.