SÃO PAULO 450 ANOS
Eu acredito que quanto mais a gente conhece São Paulo, mas a gente tem que conhecer. Sábado passado fui na Caminhada Histórica dos 450 anos, organizada pela prefeitura e pela Grobo. Contavam-se 20 mil pessoas, gente de todos os tipos. Brancos, negros, orientais, mães, filhos, teenagers, velhos, o "seu Genaro" e a "dona Conchetta", estrangeiros, estudantes, evangélicos, corinthianos, palmeirenses, um pouco de tudo nessa paulicéia desvairada.
A caminhada começa na Praça da Sé, onde tinha um cartaz escrito pelo povo: "São Paulo, onde as digitais se encontram" em homenagem ao dedo médio do piloto da AA. O hino nacional foi tocado, e esperamos a dona Marta chegar para poder começar a caminhada. O povo, malicioso, dizia que ela tinha ido colocar botox.
Toca-se a buzina e seguimos descendo a Praça da Sé até o Solar da Marquesa, a "vagabunda da época". Tinham guias que mostravam cada atração, mas era um guia para cada mil pessoas. Passamos pelo Páteo do Colégio, pela XV de Novembro (onde um grupo de pessoas com a camiseta da seleção batia palmas e cantava versos ininteligíveis, que eu só entendia "Sifudê, Senhor" e "Incendeia, Senhor, esse lugar"). Nesse momento teve uma chuva de confetes feitos daqueles furadores de papel, enquanto a gente passava pelo Edifício Martinelli.
Depois, passamos pelo Banespão e descemos a São Bento para ver o largo, a escola, o mosteiro e o metrô. Atravessamos o viaduto Santa Ifigênia, onde há meses tinha comprado a minha pedaleira. Aliás, todos têm história pra contar quando passam por "aquele" pedaço da cidade. Voltamos para a São João, onde todos começaram a cantar a música de Caetano para cruzar com a Ipiranga. De lá, passamos na praça da República (só vimos de longe o Terraço Itália) e viramos na Barão de Itapetininga. Aqui a caminhada começa a se dispersar, porque todos foram pra fila do Teatro Municipal (Por causa da Grobo, da Ana Paula Arósio e do Eric Mármore, todo mundo quer ir).
Depois fomos no viaduto do Chá, passamos em frente a nova Prefeitura (Banespinha) e conhecemos o Largo São Francisco, para depois voltar a Praça.
UM PARÊNTESES SOBRE O SHOW DE HOJE
Hoje vai ter show de Roberto Carlos e também da Maria Rita. Isso vai dar um bafafá... Imagina o triste viuvinho logo após a primeira música dizendo: "Esse show eu dedico à Maria Rita" e aparece a irmã do Pedro Mariano cantando: "Ê-ê, ele não é de nada..."
Moral da história: "Não, ele não vai mais dobrar, pode até se acostumar, ele vai viver sozinho"