E hoje no meio de todos os eventos de comemoração dos 50 anos de Brasília, muita gente comemorou correndo. Foi a 4a Maratona Brasília de Revezamento, minha primeira maratona (abafa que só corri 5,61km).
E chego na Esplanada e percebo que diferentemente das outras corridas, não foi perto da rodoviária, a largada foi no Ministério da Fazenda. Tive que passar por inúmeras tendas montadas para a comemoração de hoje. Passei pela arena do vôlei de praia onde Misty-May com a estrutura, e por tendas até da cultura racional. Uh, uh, uh, que beleza! Do outro lado, a passarela da parada Disney estava sendo montada. E mais pra frente, o palco onde haverá os shows da noite. Andei, andei, andei até encontrar a tenda da nossa equipe. Mudança de estratégia: eu largaria primeiro.
Por ser um evento oficial de abertura das comemorações dos 50 anos de Brasília o hino nacional foi tocado. E enquanto o hino tocava, eu tinha que arrumar meu número e chip para largar. Que desrespeito, depois falam da Vanusa risonha... e límpida!
Tocou a buzina e Carruagens de fogo e eu ainda não tinha me posicionado na largada, fui correndo até lá me arrumando ainda. O tapete onde tinha que pisar o chip estava mal posicionado, e todo mundo pôs o pé de qualquer jeito e eu também. MP3 player no ouvido para dar um gás, lá fui eu!
Meu trecho de corrida passou subindo a esplanada e virando na L2, com skates e camelos (vai, hoje é aniversário de Brasília, hoje pode!) querendo nos ultrapassar. Descemos pela L3 sentido UnB e pela madrugada, a rua está muito mal conservada. Mas não é nada mais gostoso do que correr vendo o lago Paranoá ao longe. Problema: o posto de água só apareceu depois dos 3km. Na L4, eu escuto barulho do locutor de onde o pessoal faz a transição, e pensei: pronto, cheguei. Nisso, entro em uma subidinha tosca no setor de embaixadas. Meu mp3 começa a tocar "'Cause I feel you tonight..." e cosaifiu meu baço. Pensando pelo lado bom, correndo este trajeto eu não precisaria subir a sempre tensa subidinha do Senado. Dei a volta pela Costa do Marfim (da qual tenho 4 figurinhas e o time), passei pela Tailândia, Egito e Coreia (não me pergunte qual), onde a descida era mais tranquila. Finalizei a prova e deixei para o seguinte arrematar.
Mas a maratona mesmo foi para esperar o ônibus que levava e trazia os corredores. Alguns falaram até que a organização fez 50 anos em 5 micro-ônibus, tão pouca a quantidade de ônibus. Esperei dois até o meu. Entrei e o ônibus seguia numa velocidade que até comentaram "Não estamos indo pro Campo da Esperança". O ônibus deixou a gente perto da Catedral onde em minutos iria começar a Parada Disney, com o Mickey e um monte de patetas. Dei uma volta e voltei à tenda onde me fizeram massagem esportiva. Enfim, não cheguei cansada e estou pronta pra outra. Calma, não agora também.
O caminho de volta foi uma muvuca só. Gente do Plano, das cidades satélites, do entorno chegavam da rodoviária para guardar lugar no show e nas atividades. Gente com as orelhinhas do Mickey, barraquinhas vendendo tapioca baiana, churrasco que matou Tancredo, batatas fritas com catchup ao sol, muita gente indo e só eu voltando. Confesso que me cansei mais andando até a rodoviária, onde como todo brasiliense, peguei um "baú" pra voltar pra casa.
O que faz Maria Barrillari? Na realidade, eu não sei, mas entre aqui que te conto!
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quarta-feira, 21 de abril de 2010
terça-feira, 20 de abril de 2010
BRASÍLIA - 50 ANOS EM 5
Vou escrever este texto agora porque no dia 21 estarei ocupada comemorando e correndo. Coincidentemente a história dos 50 anos de Brasília entra em 5 anos meus, por isso o título.
2002 - ano 1 - O Turismo
Era uma vez um lugarzinho no meio do nada... Era assim que eu começava a escrever a minha história em Brasília, indo apenas como uma mera turista, que tirou foto do Congresso Nacional, se impressionou com as superquadras, admirou a vista da Torre de TV, não viu realmente a vida da cidade. Achava tudo lindo e maravilhoso, mas como boa paulistana, jamais me via morando lá.
2006 - ano 2 - A prova
Isto não foi relatado no blog, por conta da correria de Santa Maria. Concurso em Brasília, vou tentar. Peguei aquele ônibus naquele dia, em pleno aniversário da minha mãe (crê-se que a partir daí ela começou a desenvolver um certo desentendimento com JK) e fui. Fiz o tour pelo Congresso Nacional que foi filmado e passado na Globo. No dia da prova, aquela cidade com ruas enormes e táxis caros me fazia pensar: não me vejo morando aqui.
2008 - ano 3 - A chegada
Era um belo dia de julho, eu tinha acabado de escrever uma carta de aniversário para Ellen que estava nos Estados Unidos, quando resolvo abrir meu e-mail e vejo que fui chamada praquele concurso de 2006. Um misto de euforia e medo. Vou antes entregar a documentação, e descubro que farei uma mudança radical de vida. Depois de várias despedidas de São Paulo, parti para Brasília, sem parentes, sem amigos, sem lenço, sem documento, sem dinheiro no banco. Uma das primeiras coisas que eu fiz foi procurar algo musical, já que era o que eu gostava de fazer nas horas vagas em São Paulo. Entro no coral, e com quatro meses de casa, me apresento no Santuário Dom Bosco, um dos pontos turísticos mais famosos daqui.
2009 - ano 4 - A adaptação
Como toda adaptação, houve choro e ranger de dentes. Começo a descubrir aos poucos o verdadeiro sentido da profissão estepe que permeia este blog desde 2001. Descubro que a vida na cidade é uma música do Legião Urbana e começo a fazer minha história aqui. Fora o coral, veio a verve do musical e do teatro infantil. As minhas eternas raízes com São Paulo e minha crise de labirintite me fizeram desistir do teatro infantil, mas procurei independência. Veio a audição com jazz e blues, que rendeu bons vídeos para o youtube. Meu trabalho como monitora de nipe começa a ser reconhecido, e me sinto capaz de voar mais longe.
2010 - ano 5 - A consagração
E nesse espírito entrei em 2010 correndo atrás de tudo que era relacionado à música. Tento sem sucesso vaga na Escola de Teatro Musical e pro Grupo Pockets. Percebe, Brasília tem muita gente talentosa espalhada, seja daqui, seja de outros lugares. Mas mesmo assim, não desisti e minha sorte então mudou. Núbia Lima, cantora católica, me chama para fazer backing vocal dela em eventos e ainda compus uma música para seu segundo CD. Começo a fazer uma banda pop-rock com meu namorado, e para completar, last but not least, entro em um dos corais mais conceituados de Brasília, o Laugi.
Pra encerrar
Sempre falava que São Paulo é uma megalópole internacional onde se encontra o mundo. Brasília, por sua vez, é uma metrópole onde se encontra o Brasil inteiro. Onde uma paulistana monitora um nipe com duas maranhenses, uma pernambucana, uma potiguar, uma sergipana, uma paranaense, uma gaúcha que viveu em Santa Catarina, uma baiana e uma carioca (sério, nenhuma de nós nasceu em Brasília). No mesmo coral ainda tem mais mineiros, piauiense, paranaense, gaúcho, paraense, carioca e até mesmo um acreano (paulistanos bairristas, se duvidam, este arranjo foi feito pelo acreano), e o regente é paulista. Onde canta com uma ex-Miss Samambaia/DF (nenhuma relação com Dani Souza), corre com uma carioca e uma paulista, e toca, canta e namora um pernambucano. Esta mistura de sons, sotaques, e culturas faz com que Brasília seja uma cidade diferente. É cedo para eu dizer "Eu te amo, Brasília", como Sebastian Bach disse, mas já tenho uma estima maior por esta cidade que me adotou.
Política? Intervenção? Mensalão? Como me disse uma vez Marcão, "O segredo do avião está nas asas". Pense nisso.
2002 - ano 1 - O Turismo
Era uma vez um lugarzinho no meio do nada... Era assim que eu começava a escrever a minha história em Brasília, indo apenas como uma mera turista, que tirou foto do Congresso Nacional, se impressionou com as superquadras, admirou a vista da Torre de TV, não viu realmente a vida da cidade. Achava tudo lindo e maravilhoso, mas como boa paulistana, jamais me via morando lá.
2006 - ano 2 - A prova
Isto não foi relatado no blog, por conta da correria de Santa Maria. Concurso em Brasília, vou tentar. Peguei aquele ônibus naquele dia, em pleno aniversário da minha mãe (crê-se que a partir daí ela começou a desenvolver um certo desentendimento com JK) e fui. Fiz o tour pelo Congresso Nacional que foi filmado e passado na Globo. No dia da prova, aquela cidade com ruas enormes e táxis caros me fazia pensar: não me vejo morando aqui.
2008 - ano 3 - A chegada
Era um belo dia de julho, eu tinha acabado de escrever uma carta de aniversário para Ellen que estava nos Estados Unidos, quando resolvo abrir meu e-mail e vejo que fui chamada praquele concurso de 2006. Um misto de euforia e medo. Vou antes entregar a documentação, e descubro que farei uma mudança radical de vida. Depois de várias despedidas de São Paulo, parti para Brasília, sem parentes, sem amigos, sem lenço, sem documento, sem dinheiro no banco. Uma das primeiras coisas que eu fiz foi procurar algo musical, já que era o que eu gostava de fazer nas horas vagas em São Paulo. Entro no coral, e com quatro meses de casa, me apresento no Santuário Dom Bosco, um dos pontos turísticos mais famosos daqui.
2009 - ano 4 - A adaptação
Como toda adaptação, houve choro e ranger de dentes. Começo a descubrir aos poucos o verdadeiro sentido da profissão estepe que permeia este blog desde 2001. Descubro que a vida na cidade é uma música do Legião Urbana e começo a fazer minha história aqui. Fora o coral, veio a verve do musical e do teatro infantil. As minhas eternas raízes com São Paulo e minha crise de labirintite me fizeram desistir do teatro infantil, mas procurei independência. Veio a audição com jazz e blues, que rendeu bons vídeos para o youtube. Meu trabalho como monitora de nipe começa a ser reconhecido, e me sinto capaz de voar mais longe.
2010 - ano 5 - A consagração
E nesse espírito entrei em 2010 correndo atrás de tudo que era relacionado à música. Tento sem sucesso vaga na Escola de Teatro Musical e pro Grupo Pockets. Percebe, Brasília tem muita gente talentosa espalhada, seja daqui, seja de outros lugares. Mas mesmo assim, não desisti e minha sorte então mudou. Núbia Lima, cantora católica, me chama para fazer backing vocal dela em eventos e ainda compus uma música para seu segundo CD. Começo a fazer uma banda pop-rock com meu namorado, e para completar, last but not least, entro em um dos corais mais conceituados de Brasília, o Laugi.
Pra encerrar
Sempre falava que São Paulo é uma megalópole internacional onde se encontra o mundo. Brasília, por sua vez, é uma metrópole onde se encontra o Brasil inteiro. Onde uma paulistana monitora um nipe com duas maranhenses, uma pernambucana, uma potiguar, uma sergipana, uma paranaense, uma gaúcha que viveu em Santa Catarina, uma baiana e uma carioca (sério, nenhuma de nós nasceu em Brasília). No mesmo coral ainda tem mais mineiros, piauiense, paranaense, gaúcho, paraense, carioca e até mesmo um acreano (paulistanos bairristas, se duvidam, este arranjo foi feito pelo acreano), e o regente é paulista. Onde canta com uma ex-Miss Samambaia/DF (nenhuma relação com Dani Souza), corre com uma carioca e uma paulista, e toca, canta e namora um pernambucano. Esta mistura de sons, sotaques, e culturas faz com que Brasília seja uma cidade diferente. É cedo para eu dizer "Eu te amo, Brasília", como Sebastian Bach disse, mas já tenho uma estima maior por esta cidade que me adotou.
Política? Intervenção? Mensalão? Como me disse uma vez Marcão, "O segredo do avião está nas asas". Pense nisso.
quinta-feira, 1 de abril de 2010
MARIA BARRILLARI ABRE SHOWS DE LADY GAGA NO BRASIL
Muito se especulou sobre se Claudia Leitte iria abrir os shows de Lady Gaga no Brasil, que acontecerão em junho. Mas a escolhida pela produção da turnê "Monster Ball World Tour" para abrir os shows em São Paulo foi a cantora brasiliense Maria Barrilari, 26. O produtor Martins Lüge informa a nossa assessoria de comunidação que a escolha foi feita pela própria cantora americana, por notar uma certa semelhança na aparência e no repertório e na "vontade de causar". A brasiliense foi informada pelo telefone e se sente honrada pelo convite. "Quero poder mostrar que sim, eu posso, e acredito que vai ser uma experiência bem bacana cantar para milhares de pessoas. Conto com o apoio dos fãs! E vem comigo!"
Fonte: Assessoria de Comunicação Maria Barrillari
Fonte: Assessoria de Comunicação Maria Barrillari
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