Acordei com um tuchê e um rebote. O brasileiro Renso Agresta acabava de perder na esgrima. Enquanto isso o Brasil estava jogando basquete masculino contra a Austrália, depois de muito tempo. Acho que a última participação do basquete masculino nas Olimpíadas foi quando o Oscar Schmidt chorou. Com vários jogadores na enebiei, o Brasil começou abrindo uma boa vantagem enquanto era mostrado brasileiros nadando, pedalando e um match point do Alisson e Emanuel muito disputado no vôlei de praia. Acho que por isso que brasileiro adora tanto vôlei, as coisas acontecem como match points de vôlei. Mas voltando ao basquete, o animador aproveitava os intervalos e as pedidas de tempo para gritar pra plateia: "Le, leleô, leleô, leleô, leleô...". O melhor era ver os tênis fashion de cor de caneta marca-texto de alguns jogadores australianos. MistyMay também com o Alex Garcia cobrando falta de um jeito tão desencanado que nada lembrava a Hortência e toda a sua concentração. E jogar em Londres é outra coisa. A torcida fica respondendo aos tum-tum-tá de We Will Rock you. No Rio vão querer tchu, vão querer tcha, vão querer tchu tcha tcha tchu tchu tchá. O último quarto foi uma eternidade, os tempos no basquete são uma eternidade, e os australianos aproximando, até que zerou o cronômetro e a seleção ganhou de 75 a 71.
E a ginástica artística. As meninas do Brasil começaram bem simples, veio a guatemalteca Ana Sofia Porras e deu um salto que porras! Mas o melhor momento foi a veterana veia de guerra Daiane dos Santos. Enquanto as menininhas de 16 anos são sempre consideradas favoritas, Daiane quase uma trintona veio e arrasou, levando o público às palmas com uma coreografia com timbalada, bateria de escola de samba e aqueles saltos malucos que só ela dá. E ela finaliza tudo sempre sorrindo! E a Danielle Hypólito seguiu os passos do irmão e tropicou no começo de sua série e caiu na final. Que dó, que dó. Falando em dó, a dominicana Yamilet Pena Abreu caiu de bunda de saltar sobre sobre o cavalo, ficou tensa, saltou de novo, conseguiu e pediu um abraço do treinador. A Etiene Franco com uma mancha roxa enorme na coxa de queda, e deu uma saída ousada da trave. Jade, ou melhor, Etiene, não chora! O problema é saber que não é ao vivo.
Enquanto a TV passava as meninas pulando, rodando, saltando, na internet eu tentava assisir tiro e canoagem. A raia de canoagem parece aqueles rafting de parque de diversões. E enquanto na TV passava o futebol masculino tchutchatchatchutchutcha contra a Bielorrússia (e a Bielorrússia marcando gol), eu assistia a canoagem na internet. Entendi a Slalom, parece hipismo. Os cabinhos verdes você tem que passar, os vermelhos você tem que desafiar a correnteza e rodar por eles. Me deu vontade de fazer rafting, acquaride, boiacross e derivados. Mudei pra arco e flecha e o Brasil marca gol. As coreanas do arco e flecha usam óculos, achei interessante.
Enquanto o futebol masculino virou em cima da Bielorrússia (o terceiro gol, do Neymar, foi um tchutchatchatchutchutcha de bonito), eu dava um zaping na partida de hóquei das leonas argentinas. Eu acho que me enganei com tantas espécies de hóquei. Depois que Sal de África fez um gol em cima delas, fui ver a Sharapova. Graças a ela e ao Guga, aprendi que o tênis se vence no grito e no urro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário