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segunda-feira, 4 de junho de 2012

QUERO SER ESTRELA LÁ NO RIO DE JANEIRO - a saga

Parte 1 - Brasília
Quero entender que poder que o palco tem de nos entorpecer e nos imergir. Nele, não existe nada que nos atrapalhe, nem brigas com chefe, nem doença na família, preocupações financeiras e trâmites burocráticos. Eu me sinto tão em casa no palco e o mais interessante, é uma experiência que eu posso até não lembrar de momentos físicos, mas de sensações.
E foi isto que aconteceu no dia 31 de maio. Geralmente as apresentações que acontecem em dias de semana tem o fator "ai, estou saindo do trabalho diretamente para minha vocação".
No dia anterior foi a montagem do palco e passagem de luz, som e vídeo, com direito a um toró em pleno mês de maio e esfihas no final. Por causa da chuva, as esfihas demoraram horas para aparecer, o que fez com que a gente comesse com mais entusiasmo.
Quinta-feira foi um dia aparentemente normal, com direito a um tai chi na hora do almoço para me concentrar melhor. Não fosse o apagão que teve no período da tarde, seria normal. Chegando no teatro, já com a luz reestabelecida, tropecei no degrau da porta de entrada do backstage quase derrubando os instrumentos, uma "tradição" meio "sem querer querendo" de tropeçar/cair que vem sendo mantida toscamente desde 1989 (com exceção dos shows da Guarda do Conde). Acertados os microfones, hora de fazer a maquiagem e lanchar um "coffee break" super caprichado com maçãs devidamente embaladas (teve gente que não comeu pensando que era bolo de tão embaladinhas que estavam), bolachinhas, patê de atum e alguns chocolates que foram bem guardados para depois do show. Aquecimento, concentração, relaxamento, e a tradicional prece do teatro (aquela!). Aguardando na coxia, nem percebi que os sinais tocaram. Ex-laugianas na plateia. Entramos. Palmas, emoção, casa cheia, apesar das concorrências de Ivan Lins e Fábio Júnior. Surpresas. Laugi7. Microfones na mão. Aplausos. "Já ganhou!" Intervalo. "Tesão de vaca". Mulheres no palco. Lindas! Homens no palco. Risadas. Emoção a flor da pele. "Quero ser estrela lá no Rio de Janeiro" com toda a convicção do mundo. Risadas e mais risadas. Fim. Bis. Cumprimentos na entrada e votos de boa sorte para o Rio de Janeiro. E na noite que marcou os dez anos da história do cavalo de Guaratinguetá, nada como celebrar a vida cantando e depois brindando o sucesso do show num lugarzinho aconchegante.
Parte 2 - Laugi in Rio
Eu nunca tinha cantado e pernoitado em um estado que não morasse ou tivesse morado (Novo Gama e Luziânia não contam porque voltei no mesmo dia). E ainda mais sendo no Rio de Janeiro, cidade que eu sou apaixonada. Parte do elenco viajou na sexta às 14h, quando marcava 30°C na capital federal, fazendo-se cumprir a primeira parte profecia já cantada pelo grupo.
Já eu e outra parte do grupo embarcamos sábado de manhã. O atraso nos fez ouvir nossos nominhos do homem do aeroporto. Chegamos no Rio de Janeiro (e ainda presenciamos Yamandú Costa tocando em plena sala de embarque), descansamos um pouquinho e fomos fazer o ensaio final em um estúdio nas Laranjeiras. Passados últimos ajustes, iríamos torcer para o primeiro prêmio, que era o concurso de arranjos vocais, no qual Paulo Santos, nosso diretor musical, estava concorrendo com Madalena, cumprindo-se a segunda parte da profecia já cantada pelo grupo. O arranjo foi executado por exímios cantores de grupos vocais do Rio de Janeiro, e foi um sucesso.
O domingo foi de expectativa e relaxamento. Passamos a manhã na praia de Copacabana. Como não amar? Alguns de nós entramos no mar e levamos altos caixotes (e aí eu digo que prefiro mil vezes que meu dia pré-apresentação seja gastando o corpo e poupando a mente do que poupando o corpo e gastando a mente na profissão-estepe). Outros preferiram apreciar a paisagem e se encher de energias com vista pro mar para fazer uma ótima apresentação à noite. À tarde, passamos o som, voltamos pro hotel, nos trocamos, maquiamos e fomos. Eram 5 grupos participantes, sendo que dois do Rio, um de São Paulo, um de Salvador e a gente de Brasília. Nos aquecemos, concentramos, fizemos um pouco de tai chi e esperamos sermos chamados. Cantamos e fomos muito aplaudidos, apesar de no começo o microfone da Giselle não ter saído som. Saímos e fomos para uma sala onde estava passando o telão com os outros grupos. No teatro do CCBB, havia gente ilustre no júri, como o consagrado cantor e compositor do grupo Boca Livre, o Zé Renato. Terminada a apresentação dos grupos, o Coral São Vicente a Capella se apresentou de forma emocionante, pois haviam perdido recentemente a preparadora vocal Malu Cooper. Na penúltima música, somos todos chamados para a plateia do teatro de onde sairiam os resultados. Dedos cruzados, satisfeitos de termos mostrado o nosso trabalho, ouvimos os prêmios. E aí foram falando, terceiro, segundo, e anunciaram o vencedor de arranjos vocais a capella: o nosso Paulo Santos! Aí foi só alegria, todos nós comemorando sua vitória, mas ainda tinha o resultado do concurso de grupos vocais. Anunciou o terceiro, anunciou o segundo. Ficamos todos de mãos dadas fazendo aquela corrente pra frente. Na hora que o apresentador falou "O primeiro lugar é de Brasília", a gente nem esperou ele terminar de falar. Foi muita emoção ganharmos aquele prêmio. E aí, fomos pra galera!!! Nos abraçamos, berramos, choramos, rimos, foi tudo ao mesmo tempo. Ligamos pro mundo inteiro, postamos no Facebook, twitter, mandamos mensagens para todos que torceram pra gente comemorarem junto. Participamos de um coquetel com os outros participantes e depois fomos comemorar em Ipanema, com direito a cantarmos "Pra longe do Paranoá" no calçadão da praia.
Atualização 17:10 - Saímos no Correio Braziliense, com direito a fotinho e tudo: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2012/06/04/interna_diversao_arte,305631/laugi7-conquista-premio-de-melhor-grupo-vocal-em-concurso-de-novos-talentos.shtml

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