Hoje vou fazer o "Ex-tepe-out" de Porto Alegre, nos esquemas do de Ouro Preto.
A cidade
Porto Alegre é um lugar agradável. O centro parece com o de São Paulo por causa dos camelôs, do calçadão, dos peruanos tocando flautinha e dos pastores e pintores que aparecem. A Casa de Cultura Mario Quintana estava fechada, pra minha tristeza, mas o Memorial é simplesmente lindo! Tem alguns relatos do Fórum Social Mundial e exposições interativas. O Mercado Público é muito bem conservado, sendo que tem até barzinhos para tomarmos nossos gorós. Sem contar que quanto fica frio, Porto Alegre fica mais bonito. O único problema é que na quinta-feira caiu um toró e tivemos que comprar guarda-chuva.
A gente se locomoveu por trem, ou melhor, metrô mesmo. Tinha uma linha só que integrava até São Leopoldo, e que ligava a rodoviária com o aeroporto. Isso que é cidade turística!
O sotaque gaúcho - Curiosidades
O sotaque gaúcho é um episódio à parte! Nossa, que sotaque lindo. E eles falam "tchê" mesmo! Veja, por exemplo, este mini-dicionário gauchês-paulistês:
Lancheria = lanchonete.
Nunca tranque o cruzamento = nunca feche o cruzamento
Para abrir, aperte a botoeira = aperte o botão
Apura! = Anda logo!
Há horas = há milianos
Alaminuta = A la carte
Cacetim = Essa foi a melhor, nós estávamos no Mercado Municipal quando o Thiago "Pira" resolve pedir pãezinhos para acompanhar uma boa cerveja Bock. Pedimos a conta e estava lá: Cacetim.
Sem contar que em Porto Alegre existe a pizza de coração de frango.
O congresso
O congresso foi bom, para quem já estava acostumada a ir em congressos de "propaganda da Tam e da Accor". Apesar de alguns uruguaios "joselitos sin noción" (A palestra era sobre produção científica e ele falou o tempo todo sobre o Uruguai), a presença da Marutschka e a videoconferência do Krippendorf me satisfizeram. Nossos colegas da USP apresentaram trabalhos ótimos sempre com um cara da Unisantana interrompendo para um pouco de xiitismo.
A balada ou Ontem à noite eu conheci uma guria
Na balada eu fui num ônibus cheio de gente de Pelotas, muita garota. Uma delas, que foi conversar com a gente, era parecidésima com a Kelly Osbourne. A "guria", depois, ia se mostrar mó interessada (ou interesseira) pelos carinhas de Sampa. Fomos para a Ilha da Pintada, onde teve apresentação de bandas de rock, menininhos tocando pagode (tocaram "trem das onze", um mimo!), e uma banda de samba que fez o inglês Richard Butler (ou Ricardo Manteiga, como nós apelidamos) requebrar, numa das cenas mais tosquiest do passeio.
Sem contar que tinha um cara que se dizia "baixaréu" em Turismo que falava que "Bacharel é um ser tagarela e persuasivo", mas tinha muita cara de picareta.
O melhor, é claro, eu guardei para o final:
Gramado ou Baba, baby!
Fomos para Gramado na quinta-feira e para Canela no domingo. Gramado é como aquelas cidades que deve ser lindas de viver na epoca do Natal. Tudo porque tem o Sítio do Papai Noel lá e aquele clima de cidade européia. Conhecemos a rua principal em horas, e fomos comer num rodízio que tinha massas e carnes. De entrada, uma sopa de capelete, depois carnes e massas de todos os tipos mais o buffet de saladas. E de sobremesa, fondue de chocolate!!!! Comemos que nem nababos e depois seguimos rumo ao museu do chocolate, com uma mini-fábrica de chocolate e estátuas feitas de chocolate! Todo mundo babou pelos chocolates de todos os tipos, cores e sabores.
Canela - Minuto Mastercard
Passagem Porto Alegre-Canela: R$10,15
Café Colonial: R$18,50
Taxi: R$ 1,50 por cabeça
Ver neve pela primeira vez na vida: NÃO TEM PREÇO
Nesse dia, estava 2oC em Gramado e 6oC em Canela. Paramos no BB e vimos a neve começar a cair. Conhecemos um paranaense que passeou com a gente em Canela inteira. E fomos nesse café colonial. Nessa hora, a neve começou a cair com mais força. Somente a Michele não foi tirar foto da neve. O resto saiu, parecia um bando de caipira que nunca tinha visto neve na vida, o que não deixa de ser verdade. Eu e o Renê fomos até ligar para a família e avisar: "Pai, vi neve!" E o café colonial era tanta coisa que ainda hoje estou comendo pouquíssimo. Para compensar, fomos até o Parque do Caracol, onde tinha uma cachoeira linda cujo acesso era uma escada de mais de novecentos degraus. No começo, a gente descia, e era tudo maravilha. Depois de ter visto a cachoeira, fomos subir, e pqp, que subidinha mais cansativa, pelo menos queimou todos os chocolates quentes e as polentas e os bolos do café colonial. E também pelo menos tinha banquinhos para sentar mais ou menos a cada 100 degraus.
Mas isso não foi o importante: O IMPORTANTE É QUE VI NEVE!!!!! Ah, e a Michele deu a descrição perfeita da neve: branca, gelada e molhada!
Em alta: economizar dinheiro, mesmo que isso significa caimbra nas duas pernas
Em baixa: voar pela TAM