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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

QUEM DERA SER UM PEIXE - a saga de uma compradora coletiva

E está de volta a saga da compradora coletiva que descobre as coisas interessantes de Brasília. E desta vez foi provar o risoto George Harrison no Café com Vinil (413 Norte). Eu queria muito vê-lo, eu queria muito prová-lo, eu queria realmente experimentá-lo, mas levou um tempo para eu organizar a minha agenda e ir. O risoto vem com três tipos de cogumelos: paris, shitake e shimeji. Além do George Harrison, todos os pratos tem nome de bandas boas. O lugar é aconchegante (e escurinho, tanto que a foto do risoto saiu assim), e tem uma coleção de LPs (não sabe o que é, criança? Pergunta pro teu pai!) e você pode escutá-los. Impressionante a qualidade sonora do LP.

domingo, 25 de setembro de 2011

CHEGA DE SAUDADE!

Ontem foi mais um dia de secura brasiliense, mas antes que as nuvens começassem a aparecer, fui até o Setor Comercial Sul até chegar no SESC Sílvio Barbato. Cheguei lá e estávamos nos aquecendo para fazer mais uma apresentação. Me perdi no subir e descer de escadas até conseguirmos ensaiar perto do refeitório. Fomos nos arrumar, passar o som, passar as cadeiras, tudo pronto. Iríamos abrir para o BeBossa, um grupo vocal show de bola lá do Rio de Janeiro. Se esconde nas coxias, apresentação geral, uma palma de salvas para o pessoal. Entramos no palco, a cada dia eu me sinto mais íntima do palco, como se é exatamente isto que eu quero pra vida. Depois foi a vez do BeBossa preencher o ambiente com suas harmonias, suas vozes, seus beatbox. Encerrado, o BeBossa convidou a o grupo Laugi pro palco e cantamos juntos Chega de saudade. Recebemos elogios de gente tarimbada e tiramos várias fotos.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

AS 7 VERSÕES ACÚSTICAS

Apesar de ter nascido nos 1980, eu cresci nos 1990, e os anos 1990 moldaram muito meu gosto musical. Pro bem e pro mal. E agora nesta onda de trazer de volta o poperô pras rádios (graças a Lady Gaga e ao David Guetta), muitas coisas dos anos 1990 estão sendo redescobertas. Eu adorava dance music na minha pré adolescência, daí que veio o gosto por Ace of Base e derivados. E eu começava a tocar violão nesta época. Meio de improviso, tentava tirar sem sucesso algumas músicas. Daí parti pro rock e o resto virou lenda.
Estes dias descobri um cantor israelense chamado Sagi Rei ouvindo em uma rádio adulta de Brasília uma versão acústica de "What is love" (isso mesmo, baby don't hurt me, don't hurt me, no more...). E depois vieram outras músicas. Aí, baseado no trabalho dele eu resolvi fazer um pequeno projetinho para o Sound Cloud chamado "As 7 versões acústicas". Por que 7? Porque todo mundo que viveu a década de 90 tinha aqueles CDs da Jovem Pan "As 7 melhores". Claro que não tocarei as minhas 7 melhores, o fio da mãepegou as melhores pra ele.
Aguardem que haverá muitas surpresas, que nem eu mesma sei direito. E de antemão, eu deixo a primeira das 7 versões acústicas que fiz.


Maria Barrillari - Tell me by Maria Barrillari

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

TUDO A FAZER É SALTAR SOBRE A LUA

"Tudo menos isto!" ou "Quem sabe outra vez vai ter, mas hoje não"
A história vem até de antes, quando em 2008 fui apresentada ao RENT. Nunca tinha feito nada de teatro na vida a não ser em grupos de jovens e na escola muito porcamente. Mas aquele musical tinha me tocado de alguma forma que eu queria fazê-lo, e ele estava nos planos de um grupo que eu estava participando na época. Mas em 2009 o grupo teve várias atividades que deram certo... menos esta.


"Lembro que tudo começou... Natal... do ano que passou"

Final de 2010, eu soube que teria esta audição. Já não estava tão crua, mas ainda estava totalmente cabaçada no quesito teatral. No começo daquele ano, tinha tentado sem sucesso entrar na Escola de Teatro Musical, e por fim acabei entrando no Laugi. Mas eu me lembrei principalmente de quando o grupo terminou e pensei: eu vou honrar esta bagaça. Fiz a audição despretensiosamente, pois sabia que iriam atuar pessoas que têm experiência monstro em teatro musical. Fiquei muito surpresa de ter visto meu nome lá entre as pessoas que passaram, e pensei: vou querer entrar de cabeça!

"Vai trabalhar? Mude a direção!" ou "Se este é o jogo, quero apostar"
Mas eu sabia que seria muito trabalho que eu teria, pois ao mesmo tempo que eu estaria ensaiando RENT, eu teria o show do Laugi. Eu ficava com muito medo dos ensaios coincidirem o horário, mas nos meses que se passaram, foram poucas as vezes que os ensaios aconteceram simultaneamente. O mais legal é que ambos se complementaram, pois o que eu aprendia em um, eu aplicava no outro e vice-versa.

"A quem conVIVE com, VIVE com, VIVE doente sem morrer..."
Diversas vezes durante este processo eu fui parar no hospital por doenças provavelmente relacionadas com estresse. Mas nada disso me fazia desanimar, e até mesmo me faziam refletir. A peça é intensa, e todo mundo que participou do processo acabava refletindo na vida em cada aula de teatro, canto e até mesmo em danças. Outras pessoas também pararam no hospital, ficaram sem voz, deram até o sangue para isto acontecer.

"Me aceite como eu sou, pois eu nasci assim"
E quando começaram a distribuir os papéis coadjuvantes, eu tentei pegar os que mais se aproximavam de minha vida real. Mas apesar dos papéis serem fortes e de terem vivências que às vezes a gente nunca sentiu (como os drogados e sem-teto), tudo era muito real. E um agradecimento à equipe que me aceitou apesar de eu nunca ter feito teatro antes e a última vez que eu tinha feito aula de dança até então foi há exatos quinze anos.

"Eu nunca vou subir num palco" ou "Ao amor certo, ao verso, a mais que um universo"
E aí começou a quebra de paradigmas. Posso dizer que minhas grandes inspirações para esta quebra de paradigmas (e para a construção dos personagens) foi o filme Cisne Negro, o filme Trainspotting, minha mãe, Britney Spears (sim, pessoas, minha construção é desconstrutiva!), Dilma Rousseff e a arte do carão.

"Não dá pra seguir tentando se as mudanças querem te levar pra longe daqui"
Tivemos muita gente boa que entrou e muita gente boa que saiu, por N motivos. Um deles partiu desta para uma melhor, no melhor sentido da palavra. O ator Mateus Ribeiro foi selecionado para fazer musical em São Paulo e vai estrear Cabaret em outubro com a "pirulona" Claudia Raia.

"A música está no ar e aquece a noite"
E chegou a semana final de ensaios e apresentações. Segunda ainda tive reunião no trabalho em hora de ensaio, mas foi algo mais técnico. Terça fomos no estúdio para ensaiar com a banda, e ensaio com a banda é outra coisa para quem estava acostumado com apenas um piano correpetindo. Quarta foi o Jogo de Cena, onde eu voltei ao palco que três meses antes eu tive minha epifania artística graças ao Thundercats. Quinta no ensaio geral eu estava morta por conta da la vie bohème, mas fizemos um ensaio final bastante produtivo.

"Eu sempre sonhei com algo tão forte assim"
Diferentemente da estreia do show Nosso Jeito, que foi num sábado e eu pude fazer toda a concentração, a estreia do RENT foi numa sexta-feira, com direito a reunião no trabalho, soldadinhos de chumbo, barra de chocolate do Gela e atravessar o deserto do Saara, quer dizer, andar na cidade a 12% de umidade relativa do ar (e meus conterrâneos reclamando de 25%) até chegar no teatro, correr atrás de ingressos, e depois preparar para atuar. Maquiagem, figurino separado (que eu levava em uma mala que meus colegas de trabalho achavam sempre que eu iria viajar). Fizemos um ritual de entrega muito significativo para todos nós, nos concentramos e merrrrrda (no sotaque brasiliense, que é mais legal do que o "merda" paulistano). Escondidos na coxia só ouvindo o burburinho das pessoas que entravam no local. Primeiro sinal, segundo, terceiro, foi! É uma emoção muito grande pisar em um palco em pleno dia do ator. E apesar de eu não ser atriz (muito menos cantriz), é bem diferente do que você entrar em um palco cantando com banda ou com grupo vocal. O sentimento de que "não sou eu no palco" permanece o mesmo. Mas é diferente porque você não está no palco o tempo todo, você tem que ir descer correndo ao camarim para trocar de roupa, e ainda beber muita água (e a tampinha de minha garrafa rolou pro desconhecido em pleno primeiro ato). E são várias facetas ao mesmo tempo: a revolucionária, a mãe judia, a soropositiva, a drogada, a boêmia, a que mede a vida em amor, a que faz "homenage", a que chora um ente que partiu, e por fim, a Maria Barrillari como vocês conhecem.

"Ter glória, servir de inspiração"
O sábado foi quase todo passado no teatro, sendo que tivemos sessões às 17h e às 21h. Cada uma com um elenco totalmente diferente. Engraçado como a gente vai se moldando a cada espetáculo. Por exemplo, vamos achando novas dicas para entrar no palco dependendo que quem é o elenco no dia (e para fazer cena de "pegação" sem derrubar o microfone da coleguinha, né dona Maria?). E desta vez, minha garrafa de água seguiu rumo ao desconhecido. O bom do teatro é a coletividade. Fiquei craque em passar base e fazer tranças nas pessoas, e amarrar biquinis, averiguar cachecóis e demaquilar pessoas em plena escuridão da coxia. Depois disto, saí para comemorar com uma parte do grupo Laugi que veio me assistir e saiu da peça com uma música grudada em suas cacholas: "Acende a minha velaaaaaa..."

"Um salto de fé"
Meu domingo começou com uma notícia triste, mas que tem muito a ver com o que a nossa preparadora vocal Thaís Uessugui nos disse do fato de RENT ser o fim de um ciclo. E a nossa concentração no teatro começou muito diferente. Apesar do clima de despedida, tentamos tirar rock n roll daquilo. Um dos melhores momentos disto foi a nossa passagem de som, quando o cantor e ator César Ribeiro passava seu headset, a banda começou a tocar "Livin' on a prayer" do Bon Jovi. Gabriel Estrela, Hudson Borges e eu assumimos os backing vocals, e as atrizes Isabella Andrade, Luísa Viotti e Micaela Tubaki ensaiavam a coreografia de Out Tonight que casou perfeitamente com a música tocada. A equipe de iluminação também entrou na brincadeira e aquilo pareceu show de rock. Com esta energia fizemos as duas sessões de domingo. Na primeira, meu gorro foi parar no desconhecido. Depois rolou a lenda de que Dulcina de Moraes habitava as dependências daquele teatro que leva seu nome. Conclusão: ela é o desconhecido do paradeiro.

"O que passou não vai mudar, melhor viver e aproveitar"
Entre as duas sessões, começou a rolar a emoção da despedida, pois aquilo que vivenciamos durante seis meses de ensaio estaria acabando naquele momento. Mateuzinho veio de São Paulo nos visitar e passar toda a energia que ele está recebendo em Cabaret. E assim começou a última sessão, onde logo na primeira música eu caí antes de entrar no palco, um sinal de Dulcina, claro, para que eu caia de cabeça na arte que me faz tanto bem. A energia nossa e a da plateia subia a cada cena. Quando cantamos Seasons of Love, eu comecei a me lembrar de tudo o que aconteceu durante o ano de 2011, e cantei com a maior gratidão que alguém pode ter. Fomos ovacionados durante esta música, e eu tenho certeza que tive minha segunda epifania artística neste momento. E foi assim até o final da peça. Ah, sem contar que quando cantamos I'll Cover You (reprise), as lágrimas de todos os atores/cantores eram mais que verdadeiras. E isto foi transmitido a todos os que assistiram à peça.

"Em cada lição que você aprendeu"
Terminando o RENT, ficou aquela sensação de dever cumprido e ao mesmo tempo de perda, pois aqueles ensaios já faziam parte de nossos cotidianos. Fomos comemorar na casa do Gabriel Estrela, onde assistimos uma gravação em vídeo do espetáculo e rimos, choramos, aplaudimos, vibramos a cada cena, a cada atuação, a cada música, a cada vitória que tivemos juntos. Porque o que fica do RENT é isto.



terça-feira, 16 de agosto de 2011

A DONA DE CASA DESESPERADA

Sua casa faz birra? Você não consegue controlar a sua casa? Você não tem dinheiro, nem tempo, nem saco de chamar uma "supernanny"?
Seus problemas acabaram!
Em mais uma etapa do meu "Regulando 2011" (porque não é só a presidenta que tem seu plano de austeridade), vou virar uma dona de casa sem terceirizar serviços. Não, isto não é fácil, mas eu descolei um método na internet chamado Flylady (http://www.flylady.net) Ele é uma Supernanny para Desperate Housewives, porque trabalha com esquemas de rotinas a serem seguidas.
Rotina? Logo você...
Sim, a princípio parece estranho, mas com a casa dá para educar assim. Porque você não vai tomar todo o seu tempo num cômodo só. A ideia do Flylady que me chamou atenção foi o fato de você fazer as coisas que derem em 15 minutos. Terminou os quinze minutos, chega de trabalhar naquela área e vá fazer outra coisa.
E tudo começa com passinhos de bebê (os chamados babysteps), que você tem que começar brilhando sua pia (ainda não a fiz brilhar, mas ela fica bonitinha todo dia).
Não, eu não irei relatar o processo com tanta frequência, muito pelo contrário, mas se isto der resultado, vocês verão no "A dona de casa desesperada"

domingo, 17 de julho de 2011

FESTA DE ENCERRAMENTO DO MUNDO

Imagina só uma festa a ser dada no dia 20 de dezembro de 2012, na véspera do fim do mundo? Imaginou? Pois me chame pra cantar, porque eu tenho uma trilha sonora apocalíptica!
O último dia (Meu amor, o que você faria se só te restasse um dia...)
Eva (Meu amor, olha só, hoje o sol não apareceu, é o fim da aventura humana na Terra...)
Esta noite eu queria que o mundo acabasse (autoexplicativa, né não?)
It's the end of the world as we know it (and I feel fine...)
Não tente me impedir (nem que o mundo acabe, eu vou partir...)
Natasha (O mundo vai acabar e ela só quer dançar...)
'Till the world ends
Profecias (Todos os profetas já anunciaram que o fim dos tempos já tem dia e hora...)
Apocalipse (perto do fim do mundo, onde há fumaça há fogo...)
Um minuto para o fim do mundo
Deu medo (pode o mundo acabar, pode o tempo parar...)
Que no se acabe el mundo (Bendita sea la Tierra, yo no tengo ganas de una despedida...)

E para finalizar o mundo com chave de ouro:
... e o tal do mundo não se acabou!

E você, sabe mais alguma música apocalíptica? Escreva aqui nos comentários!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

CONSIDERAÇÕES SOBRE O MEU FALAR - COMPÊNDIO

a ser editado
Após três anos de Brasília, uma cidade que ainda não criou um sotaque próprio (apesar de começar a esboçar), não pude deixar de reparar na diferença de falar entre paulistanos e brasilienses. E os próprios, muitas vezes me comentavam isso, seja gostando, seja zoando, enfim. O que vocês lerão agora é um compêndio de tudo o que eu já ouvi aqui em Brasília sobre o jeito paulistano de falar.
 
1. Maria Fernããããnda?
2. Não vai perder este sotaque nunca!
3. Pedoe-me? Paulista fala "Perrrrrrrrrrdoe-me"! (com aquele "r" do Kiko chorando - link)
4. (conversando com uma paranaense, chega a candanga) "Vocês são do mesmo lugar?"
5. Você é do Sul?
6. Tuno? Tuno? É turrrrrrrrrrno (de novo com aquele "r" do Kiko), ela é paulista!
7. Acho massa esse "r" (é porque brasileiros acima do Trópico de Capricornio falam tudo aspirado...)
8. Paulista adora falar em gerúndio.
9. Ela é paulistãããããna.
10. Ai, não gosto do sotaque paulista, prefiro o carioahca, mais... eishculacho. (pensa no menino do Sou Foda...)
11. O que é breja?
12. Hum, você quer ficar no ponto... (só que era o ponto DE ÔNIBUS!)
13. (de novo sobre o ponto) Na minha terra, ponto é onde ficam as raparigas...
14. Duro ou mole americano? E isso é nome de brincadeira?
15. Você é de São Paulo? Reparei...
16. Você deve ser curintiããããna (acertou!)
17. Minha mãe nasceu na Capital, é paulista e são-paulina. (depois descobri que é paulista, paulistana, mas palmeirense mesmo)
18. Você fala engraçado! Você é gaúcha? 
19. (de um paulista) Deu saudade agora...
20. Aqui a gente fala "Véi", vocês falam "Mano".
21. (de um carioca) Eu zoo porque zoam do meu chiado.
22. Boa tarrrrde (aqui é aquele "r" caipirão)
23. Vocês falam tudo assim: "Meu nome é Amãããnda, tenho 25 ãããnos e moro na Vila Mariãããna..."
24. No Sul a gente também fala "Se pá"
25. Ó lá, "meeeiiismo" 
26. Agora você falou que nem "mano".

domingo, 12 de junho de 2011

LÁ E AQUI

Parecia São Paulo: frio, chuvoso e com trânsito, e eu com um inexplicável aperto no coração. E uma sensação de alívio, pois depois de meses de árduo trabalho eu iria tirar férias. Mas estava em Brasília, mais precisamente em direção ao Guará, onde tudo aconteceu. Uma maravilhosa notícia de vidas a caminho animou aquela noite. Entre sanduíches, batatas fritas e crianças birrentas, íamos nos preparando. Mas eu não sei andar no Guará, e este troço apitando aí é o sensor de... (carro morre) caralho! Voltamos correndo para nos trocarmos. E a blusinha do Barba? E a sapatilha? E a maquiagem? E o cabelo? E como vamos montar as cadeiras? Descemos e eu nem tinha colocado meu rímel. Arrumamos o espaço e subimos de novo. Terminando de fazer a maquiagem, todos nós nos reunimos em roda, e naquele momento eu percebi que o show tem que continuar. Não importa como você está fora do palco, aquilo fica fora do palco quando você entra. E com uma plateia maior do que esperávamos, descemos para a apresentação. A plateia já aplaudia antes mesmo da gente entrar. Entramos. A plateia aplaudia e acompanhava a cada música que a gente cantava. A sensação é de que o Guará era nosso. Uhul! Um "De novo!" exaltado subiu o ânimo das mulheres no palco e a gritaria histérica e as risadas animaram os homens no palco. E a plateia ia ao delírio de novo. Escrevendo assim nem parece, mas quando volta a sensação é emocionante. E o povo gritava nossos nomes entre comentários como "Viva Bob!". Ouvi até um "Maria, sua linda!" e aquele dia de fog brasiliense elevou nossas almas e espíritos.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O NOSSO JEITO, DO MEU JEITO

2011 chegou. Temporada de ensaios começa. Duas idas a SP marcadas. Janeiro com as últimas músicas novas. Hiperatividade. Primeira ida a SP ok. Primeiro ensaio da "maratona". Cisto. Engole seco e vai. Fevereiro. Ensaios de domingo. Ensaios de segunda. Nem toda a segunda. Ufa. Programa o carnaval. Estou fazendo o projeto, não posso ir ao karaokê. Reuniões em restaurantes chineses. Março. Ensaios de cena. Hei-hai-ho. Segunda ida a SP ok, mas não prevista previamente. Mudança de foco. Quase mudança de gestão. Meu joelho não aguenta. Abril. Pedra na vesícula. Operar de emergência? Não. Ufa. Terceira ida a SP ok. Correr atrás do prejuízo. Cadeiras. Cortes. Gravações. "Baixe a bola." Páscoa regada a lasanha de micro-ondas. Ensaios de sexta. Vou passar o aniversário ensaiando. Não vou mais. Ufa. Maio. Ensaios até às 23h. Tô veia pra sair de balada. Mais cortes. Silfos. Divulgação. Ensaios gerais. Idas ao Teatro. Trair o movimento e quase passar mal por isto. G7. "Vontade de chorar, vontade de morrer". Pontão. Pra longe perto do Paranoá. Semana final. Prova de figurino. Ensaio todos os dias. Medinho. Empolgação. Divulgação na UnB. Jogo de Cena. "Salma de palmas".  Emoção a flor da pele. Divulgação no Coro Sinfônico. Prova final de figurino. Ir ao Teatro com chuva e frio. Chuva? Em maio? Ensaio até meia-noite.
Sábado. Busca os pais... e a tia. Multa? Ensaio no Teatro. Passa luz. Volta pra casa pra tomar banho e almoçar. Volta pro Teatro. Cadê todo mundo? Passa microfones. 18h maqueia. Não vai dar tempo. Esgotaram os ingressos. Cadê a sacola dos acessórios? Achou. Ufa. Concentração, relaxamento. Primeiro sinal. Corrente pra frente. Segundo sinal. Se arruma pra coxia. Frio na barriga. Cinge os rins. Terceiro sinal. Paulão fala os oferecimentos. Abriu a cortina. Palmas. Entramos. Surpresas. Palmas. Risadas. Dani Baggio. Bravo! "coreografia do foguinho". Fim do primeiro ato. Show do intervalo. Se arruma rápido. Como assim já é a nossa hora? Mulheres no palco. Fiu-fiu! Homens no palco. Risadas. Se arruma rápido na coxia. Tosse. Bravo! Risadas e mais risadas. Fim. Bis. Acabou o primeiro dia. Passagem secreta. Cumprimentos no foyer. Recadinhos. Amanhã tem mais. Cadê a camiseta do Barba?
Domingo. Vou bater em alguém. Chega no Teatro. Passa som. Passa microfones e instrumentos. "Caí da bicicleta". Se arruma mais cedo. Cadê minha saia? Organização da maquiagem. Concentração, relaxamento e aquecimento. Minha voz não está saindo. Mais aquecimento. Pelamordedeus. Ufa. Primeiro sinal. Concentra energia. Kundalini. Segundo sinal. "Você está mais calma hoje". Terceiro sinal. Entramos. O show é o mesmo, mas não é o mesmo show. Gravação. Plateia empolgada. Dani Baggio quebra o protocolo. Adoro! Fim do primeiro ato. Show do intervalo. Brincadeiras na coxia. Segundo ato, mas já estamos a postos. Mulheres no palco. Gostosas! Homens no palco. Gostosa! Saíram as notas, ufa! Risadas e mais risadas. Fim. Bis. Emoção à tona. Uhul! Passagem pro foyer. Vamos pra pizzaria 1. Não, vamos pra pizzaria 2. E na noite mais fria do ano, recebemos uma plateia calorosa e comemoramos do nosso jeito o sucesso do Nosso Jeito, e o começo de uma longa história. E o show <b>tem</b> que continuar!

quarta-feira, 18 de maio de 2011

SUBO NESTE PALCO...

O momento de entrar no palco é um ritual sagrado que flui do espírito do artista para a plateia. Parece que toda a mente fica parada num plano de tempo e espaço onde nenhum homem jamais alcançou.
Ao por os pés no palco, eu não sou mais eu. Eu sou passista, cantora, atriz, boneca, marionete, o que eu quiser. A gente se transforma e a plateia mergulha na mesma sensação. Acreditem, uma salva de palmas tem o poder de elevar o palco, os artistas e os sentidos aos céus. E quando você está lá e sente uma vibração nunca antes sentida, não é porque o palco te dominou, mas é porque você dominou o palco.
Quando estou no palco, nem parece que foram necessárias horas em demasia de ensaios, dormindo tarde e acordando cedo. O poder que o palco te dá transforma tudo isto em algo natural, orgânico, que vem de você e passa pela plateia. É inebriante, é um prazer prolongado que nenhuma pessoa, objeto ou lugar pode te oferecer. É a minha escolha, é o meu lugar.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

EVEN BETTER THAN THE REAL THING



E sábado agora foi o megashow da megabanda U2 no megaestádio (ok, nem tão mega assim) do Morumbi. Escaldada por ter demorado 3 horas de táxi do show anterior, saí cedésimo e cheguei lá antes das 18h. A vista era perfeita, dava para ver o palco inteiro. E o pessoal começou a fazer a ola. Geralmente em shows, a ola vai da esquerda pra direita e volta porque acabou o espaço da plateia. Mas como este show era 360º, a ola girava o estádio inteiro parecendo jogo de futebol. Diziam que tinha mais de 89 mil pessoas naquele lugar. As cadeiras foram se enchendo aos poucos até que às 20h começou o primeiro show, da banda Muse (ou Samu, como minha mãe chamou a banda). Os caras são muito bons ao vivo, e deviam estar todos todos de aproveitarem pelo menos um terço daquela megaestrutura montada para o show do U2. Tinham umas duas músicas deles que eu sabia que era deles, mas poxa, como eu não conhecia antes o Muse? Foram simpáticos com a galera naquele esquema "Oubrigadou Sao Paulou!"

Acabado o show da banda Muse, o pessoal do fã-clube passou distribuindo bexigas verdes para enchermos durante a música Where the streets have no name. Eu já tinha visualizado isto no facebook, mas errei a cor, pois tinha trazido uma capa de chuva amarela, no estilo Pica-pau desce as cataratas. Entrou um relógio naquela telona fazendo contagem regressiva do jeito dele, e quando deu "meia-noite" no relógio, a galera vibrou porque o U2 entraria a qualquer momento. O relógio se desmantelou na tela, tocou "Trem das Onze" e depois apareceu na tela como janelinha de nave espacial, a banda. E eles entraram no palco tocando Even Better than the Real Thing. E aquela megaestrutura começou a ter uma vida própria. O telão começou a passar imagens em altíssima definição, tão alta, que nem parecia ser ao vivo. Mas era. Definição tão altíssima que você percebia que o guitarrista The Edge colocou botox. (a foto não mostra direito a megadefinição do telão porque foto de celular é complicado...). E em cada música, um show de luzes e sons hipnotizantes, e aí você vê a diferença de um artista que usa efeitos especiais para esconder a falta de talento e o U2, que usa todos aqueles efeitos, alguns até epiléticos, para mostrar todo o talento que tinham. E eles tocam muito. Quando tocou Mysterious Ways, o show no telão interagia com umas coreografias frenéticas. E os caras são tão bons que por um momento, aquela megaestrutura foi deixada de lado, e o Bono e o The Edge cantaram juntos Stuck in a Moment de forma totalmente acústica. The Edge fez os backings e foi ovacionado pela galera. Em outro momento, Larry Mullen Jr saiu da bateria para tocar percussão e circular nos 360º num remix de I'll go crazy if I don't go crazy tonight. Bono também interagiu com a galera com uma novidade. Naquele telão de altíssima definição, tinham legendas em tempo real do que ele falava. Brincou que sábado à noite era dia de comer pizza (só espero que ele não coloque catchup). E falava sério também, pois U2 é militância. Cantou Miss Sarajevo mostrando as imagens daquele famigerado concurso de miss e cantou até a parte do Pavarotti, de forma emocionante. Uma mulher atrás comenta "Finalmente eu consegui entender alguma coisa", mas isto não tirou a magia da música. E quando tocaram Sunday Bloody Sunday, mostraram imagens dos países árabes em conflito com seus ditadores, como a Líbia e o Egito. Estava tão frio que quando eles tocaram Vertigo eu quase cantei a versão do Pânico. Quando tocaram I still haven't found what I'm looking for, Bono só deixou a galera cantar. Foi lindo! Num outro momento, chamou uma moça da plateia para recitar "Carinhoso" e Bono repetiu: "Serei feliz, bem feliz". A galera veio abaixo. A banda depois saiu para o bis e apareceu Desmond Tutu no megatelão falando que nós somos um, e foi a deixa para eles voltarem e tocarem One. Depois o grande momento de encher as bexigas e soltarem durante Where the streets have no name. Claro que não consegui enchê-la toda, mas joguei e fui feliz, vendo aqueles balões amarelos saindo da pista. Saem de cena, segundo bis. Bono entra com o casaco preto cheio de luzes vermelhas saindo por ele e num volante todo iluminado com o microfone, canta Hold me thrill me kiss me kill me, e se pendura nele e faz a festa.

Stuck in a moment that you can't get out of it

Depois que terminaram de cantar With or without you, eu já fui saindo pra pegar a carona de volta, e perdi a homenagem que fizeram para as crianças do Realengo. Morumbi não tem transporte público nem em momentos especiais pós-show. Nada entra nem sai direito de lá. Resultado, pegamos um megacongestionamento que levou 2h e 30 minutos para eu voltar pra casa. E as pessoas andavam, andavam, andavam até encontrar lugares ou táxis cobrando os olhos da cara para chegar em casa. Por isso o Morumbi não serviria para abrigar a Copa do mundo, mas nada disto tirou o brilho do megaespetáculo do U2.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

MARIA BARRILLARI VAI ATÉ A BROADWAY

A cantora brasiliense foi convidada para fazer uma ponta no musical Pinocchio que será apresentado na Broadway em 2012. "Gente, eu vou fazer a marionete #3 e terei apenas uma fala pra decorar, mas é Broadway!!!" informou a cantora por telefone hoje pela manhã. "Eles estavam procurando alguém com características e sotaque parecido com o do Mediterrâneo e me acharam!" Maria começa os ensaios no segundo semestre em Nova Iorque. Fonte: Assessoria de Comunicação Maria Barrillari

sexta-feira, 25 de março de 2011

AND I'M ON TONIGHT, YOU KNOW MY HIPS DON'T LIE

E finalmente ontem aconteceu o Pop Music Festival aqui em Brasília. Na quinta anterior, caiu o mundo em Brasília, e eu ainda tive a pachorra de chegar no evento. Resultado: show cancelado. Quando fui pegar um ingresso seco e inteiro, ouvi os comentários que durante o show do Chimarruts, a banda tocava "Do lado de lá" e tomava choque do lado de cá.
Ontem chegou a chover um pouco antes do show, mas nada que atrapalhasse a noite.
Quando cheguei, peguei o Train andando. Aliás, Train deve fazer sucesso em Minas Gerais: "Tem uns Train tocando aí...". O vocalista, Pat Monahan, estava de camisa branca com colete em cima e cabelo espetadinho, num look que me fez lembrar um Luan Santana com 40 anos. E ele corria, cantava, berrava, pulava no palco. O melhor momento foi quando chamou sete meninas pro palco, e elas dançavam e pulavam. Ah, sim, nossa versão oldie do Luan Santana trocou de roupa diversas vezes, cantando e autografando para jogar pras fãs. E como eles aqui só tem umas duas músicas conhecidas, eles animaram a galera cantando Umbrella, da Rihanna. No final, eles cantaram minha música favorita que só eu conhecia, "Drops of Jupiter" e a que todo mundo conhece, "Hey Soul Sister".
Depois de quarenta minutos arrumando o som, Shakira apareceu com um look cor-de-rosa que irá inspirar a Joelma do Calypso. Aliás, a Joelma é a Shakira do Pará. Nossa colombiana favorita tirou o look rosa e ficou de blusinha dourada e calça agarrada que mostrava todas as suas curvas. E os quadris de Shakira não mentem, aliás eles parecem ter vida própria. Foi super simpática com o público, e aí vemos a diferença de um artista internacional que ensaia um "Oubrigadou boa noitchi Brasilia" e Shakira que aprendeu o português nos seus tempos de Estoy Aqui. Ela se diverte e brinca com a plateia. Chamou quatro meninas para dançar na plateia e mexer as "caderas". Ela tocou violão em Inevitable, e gaita em outras músicas. Fez um cover de Nothing Else Matters versão cigana para entrar no clima de Gipsy. E ela dançou dança cigana e levou ao delírio o pessoal que não desistiu nem pediu o reembolso do ingresso. No show dela tinha tanto a molecadinha que conheceu a Shakira com Waka Waka e Loca Loca Loca, quanto o pessoal que aprendeu espanhol com ela. E ela não desagradou a nenhum dos públicos, cantando tanto sucessos das antigas quanto as novas. E ela é boa (em todos os sentidos) e o show dela é bem melhor do que a música que faz sucesso dela. E o CD Sale el Sol faz lembrar um pouco da fase Pies Descalzos. No final, ela tocou Waka Waka e chamou os vencedores de um concurso para dançar com ela no palco. Eu não queria dançar com ela, eu queria era cantar/imitar ela.
Saí do show pagando pau pra Shakira, que fez um show totalmente excelente.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

QUEM DERA SER UM PEIXE - a saga de uma compradora coletiva


E ontem foi dia de provar Yakisoba com sunomono no Tokio restaurante, lá no Polo de Artesanato do Lago Sul (o foi porque o Google me indicou que o local ficava perto do Núcleo Bandeirante e eu rodei, rodei, rodei...), no Jardim Botânico. Mas depois de achar, o local todo é bonitinho. Apesar de ser restaurante japonês, é todo enfeitado com motivos dos Beatles. Eles serviram meu yakisoba sem frango, como eu tinha pedido, regado à molho shoyu e a um azeite extra virgem tão bom que fez eu duvidar da virgindade do azeite que tenho em casa. E o sunomono é muito bom. Desconfio que tenha pego prato para 2, como está na foto (Gorda Safada!) mas ainda fiz sintoma de pobreza e guardei o que restou para consumir em casa.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

QUEM DERA SER UM PEIXE - a saga de uma compradora coletiva

E eu fiz 5 sessões de drenagem linfática com exfoliação na Naturale Estética, na 705/905 Sul. A drenagem linfática é uma massagem vigorosa que ativa os gânglios linfáticos e elimina toda tralha daí. E quem disse que por ser massagem não doía? No pain, no gain! E as 5 sessões foram meio que seguidas uma da outra. A segunda já doeu menos. Na terceira, ardeu um bocado, efeito do creme redutor que se passa durante a sessão. Na quarta, eu cochilei um bocado. Na quinta, mudou a moça que aplicou e o método, porque eu ia fazer a exfoliação junto com a drenagem. Doeu mais que as quatro sessões anteriores, mas é porque eu sou uma mocinha, praticamente uma leidi. A exfoliação deixou a pele mais sedosa, e a drenagem, a partir de agora... "Vô não, quero não, posso não, meu doutor não deixa não..."

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

COMO MONTAR E GERIR UMA BOY BAND

Este texto está uns 12 anos atrasado. Mas como os Backstreet Boys vêm ao Brasil, eu me imaginei no lugar do empresário (geralmente inescrupuloso) e comecei a imaginar o que precisaríamos para fazer a boy band ideal, aquela que teria todos os requisitos para ter sucesso mundial entre as menininhas (pena que a geração teen de hoje prefere Justin Bieber, o Aaron Carter de 2010).
(meninas, não briguem comigo, eu também gostei de boy bands e muito na minha adolescência)
Primeiro ponto: uma boy band ideal teria 5 pessoas. Já houve boy bands com 4 e até com 3, mas as meninas gostam de quantidade, não qualidade. E fora que 5 é um número cabalístico, já que temos bandas como Five, Jackson Five, Maroon Five, Goggle Five, ops, estas não são boy bands.
Segundo ponto: uma boy band não precisa ser formada só de rapazes bonitos. O N'Sync é um exemplo. Se o cara escolhido for desabonitado, é só colocar uma roupagem de "eu sou o cara estiloso, o bad boy, o rapper, ou eu só estou no grupo porque canto melhor que esta cambada de incompetentes". E dane-se, as meninas iriam suspirar do mesmo jeito. Ah, importante malhar o abdomen, eles precisarão mostrá-lo quando tudo falhar.
Terceiro ponto: uma boy band tem que saber cantar a capella. É a lógica faustosílvica de que "quem sabe faz ao vivo" (ok, estamos em 2011, mas em 1999 não exstia auto-tune). E repare que geralmente as boy bands que cantam a capella tem esta formação vocal: baixo, barítono, tenor, falseteiro e bonitinho. O baixo, por ser baixo, quase nunca canta solo, mas é sempre o escolhido para dizer aquelas frases "ao pé do ouvido" que derretem as menininhas. O barítono não usa bermuda, ops, é geralmente o que faz os raps nas músicas agitadas, ou pode ser o bad boy da banda. O tenor é a segunda voz mais marcante do grupo, porque quase todo o destaque vai para o bonitinho, e é também geralmente o que está na banda porque canta melhor que estes perna-de-pau. O falseteiro é aquele cara sensível, que mostra que a boy band também é sensível, e apesar de ser HT, será indicado pelos difamadores da banda como aquele que vai sair do armário, o que na verdade acontece geralmente com o bonitinho (ex. Menudo), o que canta melhor que a média (ex. Westlife) ou até mesmo o baixo (ex. N'Sync). E o bonitinho não é porra nenhuma, ele nem canta direito e está na banda somente porque ele é um colírio, aliás, o que fazer com ele? "Ok, já que você não sabe abrir vozes você será a voz principal da banda".
Quarto ponto: uma boy band tem que saber dançar. Se não souber dançar, que pelo menos saiba dar umas requebradinhas à Elvis Presley para enlouquecer as menininhas. Se não souber dançar também, é só levantar um pouco a camiseta e mostrar o tanquinho a elas. E fique tranquilo que colocaremos danças com cadeiras, chapéus e muitos raps para você mexer a mão e disfarçar sua dureza de movimentos.
Quinto ponto: uma boy band tem que caprichar no videoclipes. É aí que eles mostrarão sua, um, diversidade de caras e bocas. Um olhar de cachorro carente quando a música está mais lenta, um olhar 43 enquanto estiver cantando, uma piscadela discreta, um olhar sensual e penetrante, e nas músicas mais agitadas cada um será filmado sozinho para demonstrar sua personalidade, em clipes cheios de efeitos especiais para mostrar que são modernos e up-to-date (ex. o Millennium dos Backstreet Boys). Se nada disso funcionar, é só jogá-los numa praia com uma chuva para mostrar os abdomens torneados e molhados para as meninas.
Sexto e último ponto: uma boy band precisa ser muito bem vendida como os garotos do momento. Aliás, não precisa ser nem boy nem band para virar marketing viral, como é o caso do Restart (lembrem-se que em 1999 não existia Myspace). Tudo tem que ter o nome da banda: cadernos, pôsteres, revistas, biografias falsamente não autorizadas que façam revelações "íntimas" como "fulano fez xixi na cama até os 5 anos" (e geralmente o bad boy).
Empresários: vocês viram como é fácil. E é muito mais tranquilo trabalhar com boy bands do que girl bands porque o ego e a TPM das mulheres às vezes cresce ao ponto de quase terminar a banda. A boy band só acaba quando o bonitinho já estiver com destaque suficiente para fazer uma carreira solo, enquanto os outros participarão de reality shows de danças, fazendas e musicais para tentar voltar ao estrelato.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

QUEM DERA SER UM PEIXE - a saga de uma compradora coletiva


E o peixe foi buscar outros mares de loucura e acabei conhecendo outras ofertas legais. A de hoje foi uma super salada na Sublight, no Sudoeste. Tinha 4 opções de saladas (eu escolhi a vegetariana com molho de iogurte) e todo o ambiente é voltado para comida saudável sem conservantes, sem óleos, sem gorduras. Ok, tinha refrigerante pra vender, mas ninguém é perfeito. E o Sublight fica bem na entradinha do Sudoeste, não tem perigo de se perder.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

QUEM DERA SER UM PEIXE - a saga de uma compradora coletiva

E sábado fui fazer depilação egípcia, hidratação e design de sobrancelha na The Day. Vocês já conheceram a The Day de outros carnavais. A primeira etapa do tratamento foi uma exfoliação facial a base de bambu, mas que tinha cheiro de cerveja (ó a manguaça!) Depois ela fez a egípcia, que é a base de linha. Dói pra caramba, mas compensa só por não deixar marquinhas de "fiz o bigode". Depois ela fez o design da sobrancelha, que já estava quase pronto. Colocou uma máscara tensora dourada e aguardei até ela sair. A pele fica renovada.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

QUEM DERA SER UM PEIXE - a saga de uma compradora coletiva

Mais uma dose tripla. A primeira antes de viajar para Sampa, eu fui até o Sudoeste para comer Yakisoba com suco no Mokay Sushi. Num dia de muita chuva consegui chegar lá. Detalhe: a promoção era de Yakisoba com carne ou frango. Mas eu expliquei minhas atuais condições vegetarianas e consegui pedir um só de legumes. Para acompanhar, uma limonada suíça. E eles foram bastante solícitos e trouxeram uma pimentinha de outro restaurante. O lugar é uma gracinha, serve temakis e hot rolls, mas naquela sexta-feira chuvosa, tinha muito pouca gente.




E ontem eu fui comer do bom e do melhor na Eighties Batataria, lá no Sudoeste também, só que desta vez sem chuva. O local é muito conceituado, tanto que o povo tem que fazer reserva para comer lá. O legal de lá é que todas as comidas tem referência à década de 80. Tanto que eu fui pedir uma batata Rösti chamada A gata e o rato, com palmito, mussarela e ervas finas. Vinha com um molhinho bom também e para acompanhar uma limonada suíça com sprite e leite condensado (Gorda Safada sim!) E tava muito bom, pena que não tem tantas opções vegetarianas.


E a de hoje você ainda pode fazer até sexta-feira. A ONG Rio eu Amo eu Cuido está recebendo doações para ajudar as vítimas das enchentes na Região Serrana do Rio. Eu estive em Teresópolis ano passado (f0t0) e toda esta região foi devastada e isolada por conta das enchentes. E se você estiver lá por perto, pode contribuir com donativos, sempre é bom. Vamos ajudar, eu e você podemos sim, e muito!

I TOLD YOU I WAS TROUBLE, YOU KNOW I'M NO GOOD

E sábado foi o Summer Soul Festival. E eu estive em São Paulo pra ver este show. O projeto Instinto abriu o show com vários convidados, entre eles o Emicida, Thalma de Freitas e Céu. Me surpreendi com as duas, elas mandam muito ao vivo. Eles cantaram sucessos de Jorge Ben, Tim Maia e Roberto Carlos na fase blue eyed soul.

Depois disto, teve o show de Mayer Hawthrone. Confesso que nunca tinha ouvido falar dele. E ele me surpreendeu. Branquelo com óculos de armação grossa, este cidadão foi já confundido com o homem-aranha Tobey Maguire na sua estadia no Brasil. E faz uma sonzera black com bastante pegada. Num momento "Joga-a-mão-pra-cima" ele pega e tira uma foto da galera (a foto é de alguém da equipe).

Depois, um intervalinho e o show da Janelle Monáe. O show começou com imagens no telão. E ela botou o povo pra dançar. Enquanto uns esperavam Amy Winehouse, ela meteu uma versão de Smile que emocionou a galera. E o show dela e o disco dela são todos performáticos, tem um conceito por trás, o que é bem bacana nos dias de hoje.

E depois que terminou o show, todos se voltaram para a tela, para ver a diva Amy Winehouse. O show demorou meia hora pra começar, o que fez com que o povo da plateia comentasse: "Amy, vem pra cá que tem goró no palco!" Começou o show. Quem disse que eu consegui ver alguma coisa (foto)? E o telão pifava, e Amy chegava, dava bronca nos músicos, o povo ia pra galera. Ela coçava o nariz e o pessoal vibrava, como se ela tivesse cheirado antes de entrar no palco. O pessoal ia ao delírio a cada gole no líquido que ela estava tomando. E apesar de estar visivelmente alterada, comendo letras das músicas, ela mandou bem naquilo que ela sabe fazer. O show de Amy foi dentro da minha expectativa de show de Amy.
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