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domingo, 29 de janeiro de 2012

ORGANIZANDO 2012 - A dona de casa desesperada

E começamos mais uma semana de organização. Reparem que os textos são escritos no calor do momento, para ficar bem representada a diferença dos dias.
Esta semana, terá uma novidade. Se a tarefa me inspirar, eu vou colocar um exemplo de "trilha sonora" das que eu escuto fazendo a tarefa, pra animar um pouquinho a quem visita.
E vamos às atividades da semana:
Dia 22 - Sessão "rapa" nos livros
Tenho poucos livros, prefiro ler e não precisar comprar do que comprar, ler e deixar criando pó na estante. Aproveitei que estava na casa dos meus pais e fui ver alguns livros que sabia que eram meus mas que por um motivo ou outro não foram até Brasília. Alguns deles eu vou levar pra doar (minha bolsa de viagem irá lotada pra casa!), e outros eu vou ler primeiro pra depois doar. Em Brasília tem uma iniciativa muito interessante promovida por um açougue! Sério, o açougue T-Bone é conhecido por ser açougue cultural, pois ele recebe livros doados e os distribui nas paradas de ônibus para as pessoas lerem enquanto aguardam o "baú". Este açougue ficou tão conceituado que eles conseguem trazer pra Brasília shows gratuitos de cantores consagrados como Zé Ramalho e Milton NascimentoA tarefa será concluída quando voltar pra Brasília, mas minha mãe já quer que eu passe mais dias em São Paulo para destralhar mais coisas.
Dia 23 - Sessão "rapa" nas roupas
Chegando em Brasília (sem espaço na bolsa pra carregar aqueles livros) tenho uma missão que pretendo estender para a minha próxima ida a São Paulo: a sessão rapa nas roupas. A tarefa é se livrar de roupas que você não usa há mais de seis meses. Eu poderia adaptar muito bem para roupas que não me sinto mais à vontade para usar, pois aqui por exemplo eu não conseguiria usar roupas de frio intenso, mas é importante tê-las porque vai que eu queira viajar para um lugar frio sem precisar passar por São Paulo (onde estão a maioria das minhas roupas de frio). E ficou um monte de roupa lá que simplesmente não me vejo mais usando. Pois bem, não foi Campanha do Agasalho, mas consegui separar várias roupas de frio que jamais usaria novamente ou que não teriam necessidade. "Vagou" até um compartimento do armário. Tarefa cumprida. (Trilha sonora "inspiradora": Dominó - Manequim)
Dia 24 - Consultar a previsão do tempo antes de escolher a roupa
Apesar de ter nascido e crescido em São Paulo, onde o clima te prega peças, ao me mudar para Brasília, eu senti que o clima daqui seria mais organizado, com um verão muito chuvoso e um inverno muito seco. Tá, aqui eu sempre levei mais em conta o quesito chuva/seco do que o calor/frio, e muitas vezes passo dezembro e janeiro reclamando que tenho que usar casaco (recomendo alguém hoje assistir ao jornal e ver a previsão do tempo. Está o Brasil todo laranja e vermelho, e Brasília e Curitiba amarelos). Porque em São Paulo, chove e refresca; em Brasília, chove e esfria. E a previsão do tempo para a semana é de chuva todo santo dia (Nota do dia 26: finalmente parou de chover), mas pelo menos vai voltar a esquentar (até usei saia, coisa que adoro, mas que com um tempinho assim não dá pra usar). Tarefa cumprida.
Dia 25 - Doar o que não usa mais
Que coincidência! Enquanto eu aguardava a publicação desta tarefa, estava ligando para a ONG 100 Dimensão para doar eletrodomésticos que não funcionam mais. Esta é uma cooperativa de catadores de resíduos sólidos (Falha nossa: eu disse "lixo" no telefone, mas "lixo" é o que não tem mais serventia nenhuma) que fazem reparos nestes aparelhos, e os reaproveitam transformando em arte. Fazem trabalho social e têm o reconhecimento do SEBRAE.  Para quem quiser doar, a ONG fica em Riacho Fundo na beira da rodovia BR 060. Hoje de manhã levei algumas revistas previamente separadas (antes do rapa dos livros programado no dia 22) para o T-Bone. E as roupas do rapa do dia 23 estão reservadas num cantinho para na quinta-feira eu levar para os vicentinos da igreja (onde eu sempre faço doações). Tarefa programada.
Dia 26 - Localize seus controles remotos
Por incrível que pareça, desde o ano passado eu senti esta necessidade, na verdade de arrumar minhas canetas e lápis, e por conseguinte os controles remotos da vida (se bem que são poucos, né). Comprei um porta controle remoto e uso ele pra guardar os próprios, lápis, canetas, artigos de papelaria e até as chaves. Tarefa cumprida.
Dia 27 - Lencinhos umedecidos
Antes estes lencinhos eram lencinhos de avião. Eu não conhecia os lencinhos "de bebê" até o dia do Vide o quê, que a gente ia sair depois do teatro e a atriz Lilian França nos deu lencinhos umedecidos para retirarmos a maquiagem e não sairmos na rua com cara de drag (Crianças, maquiagem para palco é um mundo bem diferente...). A dica de hoje é para utilizar estes lencinhos na limpeza, misturando limpador multiuso para limpar. Estes lencinhos não deixam de ser práticos, e eu acabei comprando um pote para experimentar. Tarefa cumprida.
Dia 28 - Limpeza externa da casa e ver pequenas reformas
Coincidentemente estava planejado para o domingo com a visita dos meus pais as reformas mais urgentes: a do meu box e as cortinas. Tarefa cumprida.
Nesta semana, aprendemos a importância de destralhar as coisas. Quem mora numa lata de sardinha, sabe muito bem disto, e menos é mais (nossa, agora me senti o Geninho da She-Ra!)
E semana que vem tem mais Organizando 2012 - A dona de casa desesperada.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

COMO MONTAR E GERIR UMA GIRL BAND

Eu tinha um sonho de participar de uma girl band. De todos os projetos musicais que eu tive vontade de fazer em São Paulo, quase todos eu realizei em Brasília: o musical, o grupo vocal, a banda, só faltou o festival (oremos!). Mas a girl band (este texto está uns 15 anos atrasado) era algo de muito mais trabalho e dedicação do que uma boy band, porque a boy band ficou condensada num tipo próprio que era fácil de fazer e de vender (hoje você pode acrescentar a tudo isto guitarra, baixo, teclado e bateria e pronto! Já escutei dizerem que o Restart é o Polegar do século XXI) Infelizmente, a girl band já não dá mais a mesma liga do que em 1997, todas as meninas agora só querem saber de girls "ex-girl band" fazendo carreira solo e cantoras bagaceira com vozes bagaceira e atitude bagaceira.
Primeiro ponto: Existem dois tipos de girl bands. A girl band igualitária e a girl band com uma band leader. Na girl band igualitária não existe um nome definido, todas as meninas fazem tudo o tempo todo. (Spice Girls, por exemplo). Na girl band com uma band leader, uma só canta todas as músicas e todas as outras fazem backings, caras e bocas mas nunca serão como a vocalista (Pussycat Dolls é um caso, todas as outras meninas foram trocadas e aí, você só sabe o nome da Nicole sopa-de-letrinhas). Pode muitas vezes acontecer de em uma girl band igualitária uma das meninas se destacarem muito e começarem a ser o nome principal da banda (alguém falou em Beyoncé?). Aí você tem que segurar o eguinho e a TPM das meninas se quiser manter a banda. Só, porque se você tentar segurar outra coisa vira assédio e elas trocam de empresário.
Segundo ponto: uma girl band tem que ter obrigatoriamente garotas bonitas (se não bonitas, pelo menos gostosas ou pelo menos ter um estilo fácil de copiar pelas menininhas). Se elas não forem originalmente e estiverem no grupo por cantarem melhor que estas outras bruacas, nada que um bom tratamento não resolva. Afinal, nem a Shakira nasceu Shakira, e nem a Madonna nasceu Madonna.
Terceiro ponto: uma girl band não precisa cantar a capella, ou melhor, abrir vozes. A minha maior decepção foi ver as All Saints cantando Under the Bridge em uníssono. Cai por terra todo aquele esquema de formação vocal, tudo vai depender da vibe da banda. A mais clássica é loira, morena, ruiva, negra e alternativa. Ou lead singer, a da direita e a da esquerda. As All Saints eram todas iguais (tudo bem, tinham duas irmãs lá). Se você tiver dúvidas, faça um reality show. Mesmo as que não entrarem na banda poderão ter alguma carreira legal fora dela, como a Quelinah, a Marjorie Estiano e eu (#quedize).
Quarto ponto: uma girl band tem que saber dançar. E a coreografia tem que ficar no limiar do sensual e do "sessão da tarde". Lembrem-se que o público alvo de uma girl band vai desde as meninas de 10 anos que irão se identificar até os marmanjos que irão bater..., er, palmas para a "saúde" das meninas. E depois que a banda terminar, elas poderão estrelar algum musical.
Quinto ponto: uma girl band tem que caprichar no videoclipe. Se for uma girl band igualitária, vale o mesmo que foi falado das boy bands, cada uma deverá ser mostrada com sua personalidade, seus cabelos, seus atributos e sua voz. Se for uma girl band com band leader, tem que reservar pelo menos um cinco segundos para que as figurantes da banda façam um olhar 43 ou tentem convencer o espectador que "I'm worth it".
Sexto ponto: tem que saber vender a girl band. As primeiras músicas tem que ser bem onomatopaicas para cair na boca da galera (o Aserejé era oficialmente de uma girl band espanhola, Las Ketchup, chamadas assim porque eram filhas de Tomate, um grande instrumentista de lá, ou seja, praticamente as SNZ da Espanha). Pode também ter algum rapinho pra mostrar que elas são descoladas. Depois lança uma balada romântica e triste pra mostrar que o lado sentimental das mulheres. E se por acaso as vendas começarem a despencar, uma delas poderá sair para fazer carreira solo e dar um novo gás na banda.
Sétimo ponto: elas engravidam. Não tenha medo disto. Dá mais publicidade à girl band, principalmente nos meses de resguardo. E cuide para que elas fiquem bem amiguinhas, porque 5 anos depois do fim da banda, elas podem se juntar e fazer um revival.
Empresários, bem-vindos ao maravilhoso mundo das girl bands. Quem sabe em 2020 eu escreva um texto de como montar e gerir uma artista bagaceira ou uma banda colorida.

domingo, 22 de janeiro de 2012

ORGANIZANDO 2012 - A dona de casa desesperada

Olá, pessoas!
Em primeiro lugar um agradecimento ao pessoal que chegou por aqui pelos grupos da Flylady. Soube de leitores até de Portugal (Eu AMO Portugal!!!). Aqui estamos todos no mesmo barco, mas uma mão lava a outra e as duas lavam a casa.
Em segundo lugar, um beijo pra minha mãe que deve estar lendo este blog e pensando "O mundo vai acabar mesmo em 2012: minha filha está prendada..."
Vamos às atividades da semana!
Buááá, quer dizer... Estava mais do que na hora. Quantas vezes nos meus anos míopes eu tinha problemas com a lente de contato por causa de maquiagem? Fui dar uma olhada e percebi que muitas coisas não levam a data de vencimento em suas embalagens (Avon, "tá-de-pa-ra-béns!" Até minha paleta de sombras Xing Ling tem escrito o prazo de validade) e isto é muito sério, porque semana passada comprei um pó da Maybeline e a data de validade também não está escrita lá! Joguei uns batons e uns lápis (que pra mim foi um alívio, ô trem duro!), e com um aperto no coração tive que me desfazer de uma sombra MAC e um gloss da L'Occitane que eu comprei em 2009 e não tinha a danada da data de vencimento (que dó, que dó!). Tarefa (snif snif) cumprida.
Dia 16 - Jogar os remédios vencidos
Há-há! Isto eu já tinha feito no dia 04! E sim, não é jogar no lixo e coisa e tal. Uma vez, nos meus primórdios de Brasília, perguntei para onde que eu colocaria os remédios vencidos, já que descarga, lixo comum, não eram as melhores opções. Eu fiz o descarte e mandei para a drogaria mais próxima (mesmo que o e-Cycle não tenha indicado locais de descarte em Brasília). Tarefa cumprida.
Dia 17 - Limpar o box
Hora de pôr a mão na massa! O box do banheiro é uma das áreas mais chatinhas de limpar (e o meu ainda por cima soltou a roldana da porta e quem disse que eu consigo por aquele trem de volta?). Como foi dia de ensaio em casa, eu não ia receber o povo da banda com cara de "fiz faxina". Resultado: fui lavar o box às 22h. Taquei água sanitária, detergente e água quente no box, e tive alucinações com aquele cheiro de piscina que se formou o banheiro. Para quem passou a adolescência inteira nadando, aquilo era perfume às minhas narinas. Tarefa cumprida, mas podia fazer mais uma chegadinha de crawl.
Dia 18 - Entre em contato com alguém importante em sua vida.
Morando em outra cidade, a vontade que me dá é de entrar em contato com todo mundo que ficou em São Paulo, menos com Luiza, que estava no Canadá. O Facebook me dá informações sobre os meninos de SP. Um passou em economia, outros viajaram pro exterior, mas não é a mesma coisa de ligar ou mandar cartinhas. Geralmente mando cartões de Natal para as pessoas queridas. Tarefa cumprida.
Dia 19 - Limpar os armários do banheiro
É coisa rápida mesmo. Em dois minutos passando multiuso, tava pronto, e no clima de Hair. Tarefa cumprida.
Dia 20 - Fazer uma nova receita
Fiquei esperando o dia inteiro, mas já tinham adiantado no dia anterior que era sobre "só love". Enfim, no sábado veio a tarefa (ufa, não era só sobre "só love"!). Pra mim é fácil, porque eu nunca repito receita. E na sexta eu até saí da rotina (se é que eu tenho rotina gastronômica), não cozinhei e comi bruschetta até me fartar. Tarefa cumprida.
Dia 21 - Aprenda algo novo e exercite o cérebro
Por incrível que pareça, quando cheguei na casa dos meus pais, o meu pai me mostrou uma reportagem sobre memória e esquecimento. Nesta tinha feito um teste que consegui me lembrar de quase tudo, e quando finalmente peguei a matéria pra ler, passou um cara cantando We are the world na TV e me lembrei muita coisa da letra da versão que gravei em 2010. Tarefa cumprida.
Enquanto aguardava a publicação dos dias 20 e 21, numa breve visitinha à casa dos pais, aproveito e mostro o sistema pra minha mãe. Ela me pergunta: "Não é estafante?" Eu disse "Não, são poucos minutos por dia." Conversando mais com ela, vi que ela já faz um sistema de organização para limpeza doméstica próprio desde que se casou. Enfim, sobre as músicas de faxina. Minha família sempre foi muito musical, fui criada a rádio FM e minha mãe até hoje faz faxina ouvindo notícias e MPB. Para minhas atividades de faxina, eu geralmente quero ouvir músicas animadas, descontraídas, e populares suficientes para a faxina passar rápido (alguém falou em "Ai se eu te pego"?). Então, rola desde Alcione até Molejão (diga aonde você vai que eu vou varrendo!), passando por Xuxa como vocês viram semana passada, Sidney Magal, entre outros.
Na próxima semana voltaremos no mesmo bat-horário e no mesmo bat-local para mostrar um pouco mais do Organizando 2012 - A dona de casa desesperada.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

10 MÚSICAS QUE EU GOSTO

A tag vem diretamente do Twitter, mas para não entupir lá de posts e avacalhar com a vida de todo mundo que lê, eu preferi postá-las por aqui.
Não, não tem uma ordem específica, são músicas que eu estou escolhendo para dar um norte neste ano de 2012.
1. Adele - Rolling in the deep - 9 entre 10 pessoas gravaram esta música e colocaram no Youtube. Eu tenho plano de este ano pelo menos colocar uma música no youtube, mas esta, com certeza, não.
2. Duran Duran - Ordinary world - Quem não tem cão, caça com gato. Aguardem.
3. Rosana - O amor e o poder - Planos de gravar uma versão acústica desta música, principalmente depois da peça que eu encenei.
E ainda tem mais:
4. Queen - Somebody to love
5. Lady Gaga - The edge of glory
6. Hair - Age of Aquarius - Por mais que eu não vá fazer este workshop (incompatibilidade de agendas) eu estou curtindo este musical, tanto que pretendo vê-lo quando for a São Paulo (e a versão de Brasília também)
7. Elis Regina - Arrastão - Para reverenciar a Elis que morreu há exatamente 30 anos. Sabem que a filha dela vai fazer uma homenagem? E aí, vocês acham que aqui a história tem que se repetir?
8. Bruno Mars - It will rain - Ainda quero fazer um projeto cantando só caras que cantam no meu tom. Bruno Mars entraria fácil.
9. Lô Borges - O trem azul - Projetos não me faltam, na verdade a gente busca somente o foco em um ou outro para não se perder. E o sol na cabeça.
10. Todo azul do mar - Não posso me esquecer do projeto mais importante do ano: o Laugi. Aguardem novidades ao longo do ano!

Estou devendo um monte de músicas pra gravar (minhas 7 versões acústicas!), mas meu violão está de molho, minha voz (ainda) está de molho, e meu teclado peba sandyjúnior faz um som muito horrível quando eu vou gravar.

domingo, 15 de janeiro de 2012

ORGANIZANDO 2012 - A dona de casa desesperada

E começamos mais uma semana de organização. Queria agradecer à Roseli de Ribeirão (poxa, cantamos lá ano passado), à Yannis Arte Digital de Campo Grande/MS (mais uma do Centro-Oeste, é nóis!) e à Sônia de Bauru (relaxa que eu também sou a distração em pessoa; só estou aprendendo, muito por conta da arte, a pôr foco nas coisas) por terem visitado e comentado. Aprendi que os "sapatos de amarrar" na verdade é uma alusão a driblar a preguiça (que nem aquele antigo comercial: "Eu acordei, tirei meu pijama, fui pra minha cama e depois dormi...") e também de você estar pronto(a) para qualquer coisa (em casos de emergência, você não vai sair com sua "roupa de briga"). Bem, vamos às atividades da semana!
Dia 08 - Atualizar os arquivos para o ano novo
Bem, como ano passado eu não estava usando agenda nem nada, eu comecei a criar uma certa rotina que ainda mantenho este ano. Uso uma do Google também para marcar as atividades musicais e atualizei com os ensaios. Não está completo porque muita coisa neste ano ainda não foi decidida. Aproveitei e comecei a mexer em outros tipos de arquivos, que iriam ser bem demorados: a tralha do computador. Tarefa em andamento, e bota andamento nisso.
Dia 09 -Limpar a geladeira
Logo de manhã senti que isto seria necessário. Cheguei em casa, driblei a ameaça de gripe (nota do dia 10: que era uma laringite) e fui. Como já tinha desovado a geladeira semana passada, foi só pegar um paninho com detergente e limpador multiuso e limpar por fora e por dentro. Ainda mexi a mesinha dos temperos para dar uma limpa no lado escuro da geladeira. Meu próximo desafio será fazer o degelo, mas isto só espero usar as coisas do freezer. Tarefa cumprida.
Dia 10 -Programe 15 minutos para cuidar da cozinha
Em outubro fui pra São Paulo, comprei um timer de galinha e quando fui usar, eu mexi nele errado e ele nunca mais prestou (parece que saiu a "cordinha" do lugar). Mas eu acabava usando o celular para calcular o tempo. Aproveitando que voltei da academia, ressucitei meu polar tropical já citado e pasmem! Não tem contagem regressiva. Peguei um outro relógio velho e fiz a contagem. Não sei se pra mim esta limpeza ficou parecendo competição "Quem vai ganhar, menino ou menina?", talvez porque eu tenha começado minha limpeza ao som desta música (sim, pessoas, eu ainda vou escrever sobre as minhas músicas de faxina). Tarefa cumprida em 9min.
Dia 11 -Faça um kit de emergência
Como moro numa área que não sofre inundações, alagamentos, nem tremores de terra (#NOT), é mais tranquilo, mas vai que acontece alguma coisa e eu tenha que sair de casa... (lembrem-se: estamos em 2012, quédizê) Enfim, havia um kit que eu já tinha marcado na minha agenda (pra 5 de fevereiro!) de fazer em casa que era o de primeiros socorros, mas também achei bom fazer um kit para quando acaba a luz, que é o que mais acontece em casa. O kit da luz foi o primeiro a ser montado (cantemos: acende a minha vela...), só deixei a lanterna mais próxima. O kit de primeiros socorros eu vi primeiro o que eu tinha em casa segundo este site e fiz uma listinha que foi à drogaria no dia seguinte. O próximo passo é fazer um kit de emergências pro carro e um kit para possíveis quarentenas ou emergências chamado "kit 2012", mas isto é um outro capítulo. Tarefa cumprida.
Dia 12 -Limpar os eletrodomésticos
Na tarefa do timer, eu tinha dado uma leve limpa no micro-ondas e no fogão. Mas agora, a limpeza seria mais hardcore. Cheguei em casa começando pelo micro-ondas. Usei a dica do limão (mas fiquei com um medo danado do negócio explodir). Fiz isto com o fogão também, mas sem limão. Fui limpar o liquidificador e... Bem, próxima etapa agora é comprar um liquidificador novo com custo/benefício bom (nada de comprar o mais furreca só porque estava na promoção). Tarefa cumprida.
Um barzinho, uma banda tocando música ao vivo dos anos 80 ("tocou a-ha"), e nenhum brasiliense na mesa. Sério, duas paulistanas, um cearense, um pernambucano e um casal de paraenses. E foi bem divertido! Tarefa muito bem cumprida.
Eu sempre fui uma cidadã ecochata, eu tenho consciência que meus atos interferem no planeta inteiro. Mas olhando os meus produtos de limpeza, encontrei sapólio (pra que serve este bendito sapólio?), sabão em pó, amaciante, alguns destes comprados na promoção (ou seja, vai saber o procedimento de fabricação). E falta comprar estes itens: vinagre e bicarbonato. Tarefa a cumprir assim que eu for no mercado.
As primeiras semanas foram tranquilas, mas é porque minha rotina ainda está tranquila. Estou vendo quando começar a viajar, ou ensaiar, ou meus pais vierem me visitar, e eu acabar acumulando tarefas. Mas estou firme e forte, por isto escrevo.
E não perca na próxima semana neste mesmo canal e neste mesmo horário as novas aventuras de "Organizando 2012".

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

TELE, TELE, TELE, TELESENA, EU VOU GANHAR NA TELESENA

Eu nunca tive sorte com raspadinhas, sorteios, telesenas e afins. O melhor prêmio que eu já ganhei na vida foi num sorteio de um supermercado de São Paulo que o prêmio máximo era uma viagem para assistir a Copa do Mundo dos EEUU, e eu ganhei... um boné.
Mas mesmo assim sou brasileira e não desisto nunca e me inscrevi para concorrer a um macacão ou a um collant no blog Charme & Glamour com a loja Estação da Moda (de Santa Catarina) e ganhei! Claro que eu escolhi o collant, e olha só!
A foto é de celular mesmo, minha câmera ainda não voltou.
Dá pra ir ao Caribeño com ele!

domingo, 8 de janeiro de 2012

ORGANIZANDO 2012 - A dona de casa desesperada

Cada ano tem sua especificidade. Ano passado eu tive como meta apertar os cintos, no projetinho chamado Regulando 2011, aproveitando que nos anos anteriores desde que eu cheguei em Brasília eu sempre via uns cartazes "Liberando 2009" e "Liberando 2010". Como no final de 2010 não havia nenhum cartaz "Liberando 2011", eu resolvi fazer a campanha "Regulando 2011", um plano de austeridade.
Agora o cartaz é "Projetando um 2012 de sucesso". Mas além de eu projetar o sucesso na carreira musical, era preciso antes de mais nada organizar a casa. E eu estou seguindo uma escala própria, baseada no FlyLady e em outros blogs. Até porque tem coisas no FlyLady que eu mesma não entendo o porquê de colocar lá, como vestir calçados de amarrar logo ao acordar (ou fechados). Sendo que pra tarefas domésticas, sempre vi minha mãe usando o bom e velho chinelo de borracha. Enfim, mas o método me ajuda e muito a lidar com a limpeza e arrumação da casa.
E agora, este blog aqui está fazendo os 366 Toques de Organização, que são dicas diárias para arrumação da casa. E eu pretendo divulgar aqui semanalmente o resultado de cada.
Dia 1: Tenha uma agenda
Antes mesmo da dica aparecer eu comprei uma que já escrevi até em dezembro. Sério, dia 21/12 marquei "Fim do mundo cancelado por falta de estrutura". Tarefa cumprida.Dia 2: Reserve um momento só seu
Sim, pessoas, porque não só de trabalho vivemos. Aproveitei e fui para uma pizzaria para comemorar um aniversário , rever amigos e saborear as pizzas doces que tem menos mussarela em Brasília. (Sim, paulistanos, todas as pizzas doces aqui têm mussarela, até as que não combinam!). Tarefa cumprida com prazer.
Dia 3: Limpe as janelas
Como eu já estava saindo quando eu vi a tarefa, eu só consegui limpar uma janela, e aí entra a história de usar os sapatos com cadarço. Eu já estava com roupinha de trabalho, e água, detergente e calça preta não combinam muito a não ser que você vai lavá-la. Tarefa parcialmente cumprida.
Dia 4: Aspirar
Chegando em casa, foi a primeira coisa que fiz. Claro que antes coloquei uma "roupa de briga" (a roupa mais furreca e confortável, aquela que ninguém precisa saber que você tem) para fazer a limpeza. Subi tudo que podia subir, desci o aspirador e vupt! A doida aqui quis aspirar até o tapetinho do banheiro, mas vendo que ele quase foi parar dentro do aparelho, desistiu. Tarefa cumprida.
Dia 5: Confira sua despensa
Isto já vinha fazendo antes, até porque tinha cozinhado na noite anterior. Mas aproveitei para fazer um rapa em toda a despensa (ou melhor, na cozinha, porque depois que sofri um ataque de bichinhos cereal killer, larguei de estocar na despensa mesmo). Vasculhei a geladeira e o freezer que estava um iceberg puro (agora entendo um Titanic) em busca de coisas pra desovar. E agora está tudo em ordem. Tarefa cumprida.
Dia 6: Faça uma lista dos aniversários
Eu também estava meio que fazendo isto antes com os nívers da parentada, o único problema é que eu não sabia os dos cônjuges (Facebook está aí pra isso!). Aproveitei e coloquei os aniversários dos "meninos da banda" (SP e DF) e dos laugianos. Tarefa cumprida.
Geralmente eu guardo estes itens no dia de Santos Reis, mas no dia esqueci de guardar o presépio, e neste dia aproveitei e guardei. Ainda deixando uma memória pra comprar uma nova arvrinha de Natal, pois na minha, a inscrição "Merry Christmas" está quebrada, com o Merry de um lado e o Christmas do outro. Ah, tinha também para fazer este ou algum outro programa em família, mas... enfim. Tarefa cumprida a R$ 0,25.
Semana que vem tem mais um capítulo da Saga "Organizando 2012".

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

CARTA ABERTA PARA O PREFEITO DE SÃO PAULO

Estimado Senhor Prefeito de São Paulo Gilberto Kassab,
Em primeiro lugar peço as desculpas por não ter as pompas de estilo necessárias para escrever uma carta a um prefeito, por isso mesmo a escrevo online.
Gostaria de dizer que apesar de agora não pertencer a esta comarca que estás circunscrito, eu guardo no meu peito um carinho e amor muito grande pela cidade em que eu nasci e cresci.
O que eu mais admiro em São Paulo é o que o Caetano chama de "dura poesia concreta de tuas esquinas", a possibilidade de mesclar edifícios antigos e modernos na mesma rua, algo que na minha cidade atual ainda não existe pelo fato da mesma ter sido fundada há apenas 51 anos. E também o fato de São Paulo ser 24 horas, algo que a gente só encontra em outras metrópoles no exterior, tais como Nova Iorque e Buenos Aires.
Pois sexta-feira agora dia 23 eu quis aproveitar deste lado boêmio de São Paulo indo a uma festa na região da rua 24 de maio. Por estar sem carro e hospedada na casa de meus pais, os mesmos me deram carona muito à contragosto, justamente porque aquela região estava deteriorada. O que mais me atraiu dentro do recinto era a varanda, que me permitiu observar a região a qual eu contemplava com imensas saudades. A Avenida São João, o Edifício Banespa, o Edifício Mirante do Vale, o mais alto da cidade (que muitas pessoas desconhecem e pensam que é o Edifício Itália), os postes devidamente conservados ilustrando uma belle époque de São Paulo, o Largo do Paysandu, e alguns outros edifícios que comporiam um belo cenário se não estivessem tão judiados.
Cheguei no ponto no qual eu gostaria de expressar aqui, depois de ter contado um episódio pessoal de minha vida. O centro de São Paulo é um lugar muito lindo principalmente para se andar a pé e admirar a arquitetura, mas à noite se torna um local inóspito, com sacos de lixo espalhados pela calçada e a miséria de algumas pessoas cujo quarto de dormir é aquela sarjeta. Este lugar tinha tudo para ser um local do qual teríamos orgulho de mostrar para nossos turistas, durante o dia e durante a noite também.
Há muito tempo escuto falar da revitalização do Centro. Sei que muito já foi feito, mas é preciso fazer mais. Dar dignidade para as pessoas que vivem nas ruas dando a elas um lar e um abrigo, limpar aquela região, revitalizar aqueles prédios de muros pichados, e outras pequenas ações que podem sim ser feitas, conscientizando a população da importância daquele Centro.
Acredito que o senhor pensa como eu, justamente pela responsabilidade de governar a maior cidade da América Latina. E por isto eu lhe faço este apelo com o Centro da cidade.
E acredito que muitos paulistanos ou não, pensam como eu. Eu me formei em Turismo, e uma das coisas que aprendi foi que uma cidade só é boa para o turista quando ela também é boa para o cidadão.
Obrigada por ler.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O FANTÁSTICO CHOUBISNES DE 2011

Este ano não haverá Troféu Estepe.
Mas foram tantas as contribuições no meio musical de 2011 que eu não poderia deixar de colocar aqui, desde as coletivas até as individuais.

Choubisnes coletivos

Letícia Seriani - Pelo nome
A moça eu não a conheço pessoalmente, mas este vídeo está aí também pela banda de apoio que a ajudou, cujo choubisnes é: Tamy Uehara nos backings, Maurício Orlandeli na guitarra, Regis Alves no baixo, Wadinho nos teclados e o violonista Vítor Tadeu que já apareceu nestas bandas em 2010. E adorei a música, adorei a moça.

Felipenses V - Eu navegarei
Felipe Beirão na batera, Victor Dariano no baixo e Valter Augusto na guitarra fazem esta versão power prog de Eu navegarei

Bass in the Power - The distance
O trio baixaria do choubisnes (que depois virou duo) lançou uma proposta este ano para levantar a baixo-estima de muitos baixistas e mostrar que o instrumento tem todo o seu poder.

Os Men the Sá - O Occhi Manza mia
Ainda não saindo de São Paulo, em Ribeirão Preto teve o Encontro de Coros Cênicos. E este grupo do Rio de Janeiro fez esta versão de um clássico do coro medieval, que... ouvindo só um cadim pra ver!

Coro Cênico Bossa Nossa - Meu Bossa
Uma homenagem deste grupo vocal cênico ribeirãopretano para todos que participaram de lá.

Coral Jovem Cênico Mackenzie - Fogo
Este coro que conhecemos em Ribeirão Preto também ficou famoso. Esteve presente naquele concurso da Xuxa para conhecer o melhor Glee brasileiro. Destaque para a Dani Lima, que deixou a Lea Michele no chinelo.
E agora vamos pra Brasília!!!

Elenco da ETMB - Supercalifragilisticexpialidocious
Ou algo parecido. Apesar de eu ter desenvolvido uma ojeriza a esta música (o pessoal do teatro sabe, rsrs), esta música mostra o trabalho de voz, expressão corporal e atuação da galera de teatro musical de Brasília, que está se desenvolvendo de uma maneira que hoje temos o Mateus Ribeiro (o primeiro menino que aparece no vídeo) como um dos Kit Kat Boys do Cabaret da Claudia Raia e com um futuro muito promissor.

Fernanda Cascardo e Rogério Guedes - Dangerous Game
Outra dupla que veio deste elenco de cima e que participaram da peça RENT, agora estão em São Paulo, e aguarde novidades para 2012!

Rafael Vieira e Luiza Lapa - For Good
Rafael que participou do RENT e da peça Vide o quê, e Luiza Lapa que falarei dela mais tarde. Vozes lindas de se ouvir!

Luiza Lapa e Ronny Dutra - Edge of Glory
Luiza Lapa, além de ter sido uma das Mimis da peça RENT, também brilhava na naite brasiliense cantando Lady Gaga nas festas Let's Club. E esta tem a participação especial de Ronny Dutra, um dos Mark's da peça Rent, tocando saxofone.

RENT - Seasons of love
E por falar em RENT, aqui está a música mais marcante do espetáculo (a versão oficial está sendo colocada aos poucos no canal do youtube). Arrepiando nos solos, estavam Isabelle Luz e Ricardo Taveira, o "rei do rente!"

Jogo de Cena - RENT
O Jogo de Cena tem uma razão especial a ser mostrada aqui: eu participei de quatro edições este ano, sendo que duas estão aqui. Esta é uma delas.

Jogo de Cena - Grupo Laugi
A outra está aqui, foi gravada na semana do show Nosso Jeito e foi a primeira vez que foi apresentada a música do medley de desenhos animados. A reação do povo indo a loucura durante o Thundercats é contagiante e emocionante.

Laugi - Pra longe do Paranoá
As cenas deste vídeoclipe foram gravadas quase todas ano passado, mas é o primeiro videoclipe laugiano, com o áudio gravado em estúdio, tudo isto editado este ano. Mostrando um pouco das apresentações do grupo vocal que eu me orgulho de pertencer.

E por último, pena que a qualidade de som está ruim, mas um dos grandes momentos do ano:
Laugi - Beatriz
Nosso grupo vocal este ano teve a honra de ser regido pelo grandioso maestro João Carlos Martins, cuja história de vida emociona e faz você pensar o que você esta fazendo pela humanidade.


Choubisnes individuais

André 14 Voltas - Eu quero
Conheci André 14 Voltas em um evento corporativo em 2009. E esta é a nova composição dele, recém saída do forno, com pitadas de Sade.

Nara Beú - Só danço samba
Nara cantou com a gente no show Nosso Jeito do Laugi, e era para ser citada no meu twitter por causa do dia do samba. Acontece que por alguma demência ou erro de impressão, eu acabei colocando neste twitter um vídeo que eu já tinha postado com a Xuxa (isso mesmo) cantando (mais isso mesmo) Garota de Ipanema. Este vídeo é para corrigir isto!

Alunos da UnB - Us and then
Pedro Souto pertence ao Laugi e junto com os alunos da faculdade de música da UnB realizaram este projeto de reproduzir com fidelidade o álbum Dark side of the moon do Pink Floyd. Curiosidade: a backing Adriana Garrido já cantou no Raul Gil.

Giselle Rhaylla - Maria, mãe perspicaz
Giselle também é do Laugi e representou concorrendo no FEMUS 2011 do Segue-me com esta bela canção.

Thiago Basile e Juninho Ribeiro - Sou foda
Digdin, digdin, digdin! Mesmo antes dos sertanejos dominarem o mercado inserindo na música as grandes frases da música popular brasileira "Traição é traição, romance é romance, amor é amor e um lance é um lance", o Thiago "Benny" Basile junto de amigos criou esta versão arrojada para este futuro clássico do Trash 10s.

Gabriel Estrela - Dava
Gabriel foi outro destaque do RENT, e além de tudo é compositor. Esta música é uma das diversas que ele fez.

Hudson Borges - Misty
Um dos fundadores do projeto "Um mundo bem melhor" de 2010, neste ano, deu as caras cantando em shoppings e representando um dos Rogers na peça RENT.

Daniel Silva - Sensível demais
Pegando a BR40 em direção a São Paulo, passamos por Ribeirão Preto de onde saiu Daniel Silva, cantor do Bossa Nossa, cantando esta música com Júnior Angeloti nos instrumentos

Rogério Guedes - Feeling Good
Rogério, ex-laugiano, um dos Collins da peça Rent, gravou esta versão sensacional da música conhecida na voz de Nina Simone, um standard dos bons.

E, para terminar, não poderia deixar de citar os melhores momentos de 2011 sem citar ela...
Priscy - Viver
Num ano em que tivemos Rebecca Black, Sou foda, Garota na chuva e a banda mais bonita da cidade, ter um choubisnes que virou webhit não é para qualquer um não, e isto se dá graças ao Kibeloco.

sábado, 10 de dezembro de 2011

10 ANOS DE PROFISSÃO ESTEPE

E aconteceu o improvável e o impossível: estou completando 10 anos escrevendo neste blog. Muita coisa mudou, muita coisa melhorou, mas a tal da força com a cara do Robinson Anjinho que me impelia para o lado brega da força continua a fazer estrago. A profissão-estepe e o sentido de profissão-estepe mudou, embora eu fale mais do estepe do que da profissão propriamente dita.
E para comemorar, eu tenho uma grande homenagem a um fato muito histórico:
Uma coisa que eu sempre gostei de fazer na época da internet a lenha, nos primórdios do blog, era escrever letra de música que você jamais encontraria em um site comum (desde Gilliard até Trem da Alegria, passando por Perla e Fábio Júnior), mas desde 2004 eu fiquei encucada que nunca conseguia achar a letra inteira de uma música em específico, mesmo depois de agora termos sites de letras de músicas e o Youtube. Procurava naqueles sites de mp3 e nada, eram sempre versões pagas ou me deixavam ouvir somente 30s.
O tempo passou e eu sofri calada, não deu pra tirar ela do pensamento. Até que um dia agora de 2011 eu pensei: "peraí, agora tem tanta coisa neste Youtube de meu Deus que deve ter a tal da música." Dito e feito. Joguei lá e lá estava. Queria divulgar para o mundo, mas era especial demais para ser colocada num dia comum. E eu tenho aqui, tanananam:

A MÚSICA ESTEPE DA DÉCADA, COMEMORANDO 10 ANOS, 3 COPAS, 2 OLIMPÍADAS, 1 PAN (comentado aqui, né), 4 CORRIDAS, 5 SHOWS DA GUARDA DO CONDE/BANDA AHJARAY, 1 GALINHADA SERTANEJA, 6 PROJETOS NÃO-BEM-SUCEDIDOS DE INSERÇÃO NO MERCADO MUSICAL DE SÃO PAULO, 4 PROJETOS BEM-SUCEDIDOS DE INSERÇÃO NO MERCADO MUSICAL DE BRASÍLIA, DENTRE ESTES 5 APRESENTAÇÕES DO GRUPO LAUGI, 3 DESFILES DE ESCOLAS DE SAMBA, SENDO 2 REALMENTE DESFILANDO, 3 CD'S COMENTADOS, 1 DELES VIRGEM, 1 COMERCIAL DE TV, 6 MOSTRAS PAULISTAS DE CINEMA, 6 PROFISSÕES-ESTEPE, 3 CONFUSÕES QUE QUASE ME CUSTARAM A VIDA E... 5.256.000 MINUTOS!

SOSSEGA RISOLETA (Jiripoca Band, uma banda brasileira que infelizmente só fez sucesso na Europa e na casa da Ana Matilde)
Oye compadre!
Que rico de los traiga!
Risoleta y los frijoles
Celio Mattos* nel cha cha cha
Recordamos que la pista está abierta, venga!

Dá logo um passo dançadeira
Passei a noite inteira pra te falar
O sol não tá pra brincadeira
Te deita nessa esteira pra se queimar
Tudo acontece num minuto
E eu já fiquei mudo de reclamar
Meus olhos abertos para o futuro
Saltaram, pularam muros para te olhar

Feijão, farinha, carne seca, pimenta malagueta, sossega ai aiiiii
Sossega, sossega Risoleta, sossega Risoleta, sossega ai ai ai...

Tudo acontece há um minuto
E eu já fiquei mudo de reclamar
Meus olhos abertos para o futuro
Saltaram, pularam muros para te olhar
Pois, eu te digo o que acontece
Já que não parece o jeito do mar
Me calo calmo, e o turbilhão do tempo
Carrego no vento pra outro lugar

Falei muito Feijão, farinha, carne seca, pimenta malagueta, sossega ai aiiiii
Sossega, sossega Risoleta, sossega Risoleta, sossega ai ai ai...

* eu entendia "se lo mato nel cha cha cha"

E escutem aqui a música!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

QUEM DERA SER UM PEIXE - a saga de uma compradora coletiva

E não é só de beleza e comilança que vive a peixa. Hoje foi dia de assistir um bom filme no Kinoplex. O Kinoplex escolhido foi o do Boulevard Shopping, com quatro salas, sendo uma 3D. As poltronas são todas marcadas e você pode levantar o braço da cadeira para ficar aconchegado se vir de casalzinho. Ah, meus 15 anos...
Enfim, o filme que eu escolhi foi o Palhaço, pois fazia tempo que eu não ia no cinema desde Cisne Negro. O Palhaço complementou tudo que eu tive no Cisne Negro de epifania de artes, mas de um jeito diferente. A mensagem principal do filme é "o gato bebe leite, o rato rói queijo e eu sou um palhaço", e não podemos fugir do que realmente somos.

A RÁDIO ESTÉREO ESTEPE FM ANALISA A MÚSICA "Ai se eu te pego" de Michel Teló

A letra é simples e a música só tem 4 (Repeat: QUATRO!) frases.
Veja só:

"Nossa, nossa, assim você me mata. Ai, se eu te pego, ai ai, se eu te pego"
Fora do contexto a gente pode dizer que é o melô do mosquito da dengue. Mas vamos em frente porque tem todo um contexto por trás.

"Delícia, delícia, assim você me mata. Ai te eu te pego, ai ai, se eu te pego"
Imagine você mulher passando às dez horas da manhã debaixo de uma construção. Por mais baranga que você seja, sempre vai ter alguém que vai te olhar de cima pra baixo, suspirar e fazer fiu-fiu. E é em homenagem a este ser que o nosso querido Michel Teló fez esta música, pois, cá pra nós, ser chamada de "delícia" é a coisa mais "cantada de pedreiro" ever.

"Sábado na balada, a galera começou a dançar e passou a menina mais linda. Tomei coragem e comecei a falar"
Imagine você homem, sabadão na balada passa aquela gata espetaculosa. Você já tomou uns bons drink, então você está desinibido para chegar nela. O que você falaria? Se você é uma pessoa sensata, chegaria, conversaria, ganharia a simpatia da gostosona. Michel Teló não, ele diria isto:

"Nossa, nossa, assim você me mata. Ai, se eu te pego, ai ai, se eu te pego! Delícia, delícia, assim você me mata. Ai te eu te pego, ai ai, se eu te pego"
Ou seja, Michel Teló encarnaria o espírito pedreiro que existe em cada homem e olharia a mina de cima pra baixo, suspiraria e faria fiu-fiu! Por isso, mulheres, cuidado! O espírito pedreiro está por aí, querendo levar uns cascudos noite afora...

sábado, 19 de novembro de 2011

QUEM DERA SER UM PEIXE - a saga de uma compradora coletiva

E hoje eu tive meu "dia de peixinha" fazendo lipocavitação na Avensis Estética no Sudoeste. O tratamento é um ultrassom que vai queimando suas gorduras e você sente até o abdome queimando. Por isso é importante beber muita água nos próximos sete dias, que é enquanto funciona a queima de gorduras.
A moça que aplicou, Célia, foi superatenciosa e me explicou de todos os detalhes. Mas tive dificuldades para utilizar o cupom, pois as linhas estavam todas congestionadas pra marcar, me ligaram de volta (o que achei bom), marquei e quando cheguei lá, meu nome não estava lá. Tirando isto, o procedimento de lipocavitação é sem traumas (é contraindicado para quem tem diabetes, DIU, próteses).

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

UM SONHO A MAIS NÃO FAZ MAL

E sexta-feira e sábado agora foi mais uma etapa cumprida das várias etapas que eu andei conquistando desde o começo do ano. A peça "Vide o quê" realizada junto com o Grupo Pockets no CCB. E veja como foi.
 
Vê se entende a minha pressa
Tudo começou em setembro, mais precisamente dia 07, quando o diretor musical Felipe Ramos entrou em contato comigo a respeito de uma audição. A música? "Todo azul do mar", a qual eu já tinha ouvido no mesmo dia em três ocasiões diferentes, com três pessoas diferentes, incluindo a do link. Passei na audição e soube que a peça seria em novembro, ou seja, seriam dois meses pra montar tudinho.
 
Coração não é tão simples quanto pensa
Mas como todos os meus projetos, sempre tem extras, e desta vez era a viagem do Laugi para Ribeirão Preto. Todos os esforços estavam montados para que o show fosse o máximo e depois disto, pude focar melhor na peça.
 
Aqui neste lugar não há rainha ou rei
Minha personagem se chamava Soraya, e era uma Mariah Carey suburbana do karaokê. Isto me fez buscar diversas inspirações para montá-la, entre elas: Roberta Veiga (e o povo da faculdade que ia dançar a coreografia d"O Animal que ronda"), Kelly Moraes, Pedro Raphael Paiva, o carinha que literalmente me cantou no karaokê e outras histórias lá vividas, Mariah Carey, Priscy, Rob "I'm peaking right now" Paravonian, Joelma do Calypso entre outras.
 
Tudo o que eu fizer eu vou tentar melhor do que já fiz
Dia 26 de outubro foi o Jogo de Cena, o já famoso Jogo de Cena de minhas epifanias, mas com um ponto diferente: um raio queimou o sistema de som logo após termos passado. Quando chegou a hora de repassar, já era hora de começar. Resultado: nosso som falhou, e eu falhei num vergonha alheia records mais gordelicious do que falaram da Priscy. O pessoal do Jogo de Cena foi esperto e não colocou nosso vídeo ao ar, que era o que eu mais temia.
 
Tam-tam-tam, batem na porta
A semana de apresentação não foi tão tensa quando a semana pré-Rent, embora as variações de temperatura fizeram com que quase todos começassem a gripar. Me enfiei de garrafadas e dorgas para me segurar e até meu professor de canto notou que minha voz estava diferente.
 
You are the dancing queen
A sexta-feira pré apresentação foi até tranquila, por ser 11/11/11. Ás 11:11 deste dia, rimos e comentamos de que o mundo não acabou. Aliás, quando dizem que o mundo vai acabar em dia de apresentação é sinal de que a apresentação vai ser muito boa, vide o Nosso Jeito. Saí do serviço e cheguei no Centro Cultural para repassar os últimos detalhes, testar o som, fazer o make e me concentrar. O vídeo dá pala uma hora antes de entrar, mas depois foi consertado. O mantra do teatro antes de entrar no palco ganhou versão César Ribeiro ("Eu sou o que sou e todos desfrutam disso!"), falado por mim e por Rafael Vieira, que já tinha sido destaque no RENT como Angel. No final, deu tudo certo e fomos comemorar no Subway comendo sanduíche com cream cheese.
 
I made it through the wilderness, somehow I made it through
No sábado, tive um ensaio que terminou quase no horário de outro ensaio que iria terminar depois do horário que eu estaria no Centro Cultural. Algumas mudanças foram feitas de sexta-feira que tornaram mais fácil o meu papel, mas que ficaram bem legais de ver. O diretor de cena Rafael Soul trouxe um DVD de karaoke para ficar passando enquanto o povo nos esperava, e nós no fundo ficávamos ouvindo e cantando "Vida, devolva minhas fantasias" e SandyJúnior. Apesar de havermos tido pouco tempo para make, aquecimento e passagem de som, a fonoaudióloga predestinada Ingrid Máximo (predestinada porque eu achei ela o máximo) fazia em cada um dos cantores uma massagem laríngea tirando todas as tensões do dia. E o pessoal do Laugi compareceu em peso neste dia, com o casal Carina Calheiros e Jairo Faria participando interativamente do nosso karaokê. E como todo último dia de espetáculo, sempre é muito mais relaxado do que o primeiro. E assim se encerrou mais um projeto feito este ano, que foi cheio dos projetos.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

SPAMS QUE VÃO SPAMTAR VOCÊ

Vejam este petardo de tradução "ladies and jontleman" que veio para meu e-mail:

Um querido
Meu nome é Joy e eu sou uma bela e difícil girl.very working amorosa, meiga e muito carinho. Estou seriamente procurando relacionamento levando a nada. Hoje eu vi o seu perfil na internet e eu amo it.i pensar que podemos escrever together.please eu gosto de você entrar em contato comigo através deste e-mail o meu acima, por favor contacte-me com o meu endereço de e-mail Se você está interessado em saber mais sobre mim e para eu lhe enviar algumas fotos da mina, na esperança de ouvir de você e que Deus abençoe soon.Thanks como você responde muito rápido.
alegria


O original veio e está abaixo:
Dearest One
My name is Joy and i am a beautiful and hard working young girl.very loving, tender and very caring. I am seriously looking for relationship leading to anything. Today i saw your profile in internet and i love it.i think that we can write together.please i will like you to contact me through this my email above, Please contact me with my email address If you are interested in knowing more about me and for me to send you some pictures of mine, hoping to hear from you soon.Thanks and God bless as you reply very fast.
Joy

Hmm, procurando um "relacionamento levando a nada"? Já sei, case com o Fábio Júnior!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

VIVER E ACREDITAR

Olá, pessoas.
Para quem não me conhece, meu nome é Maria Barrillari. Sou cantora, e tento fazer muita coisa por detrás: tento atuar, tento fazer produção artística e executiva (embora não saiba diferenciar uma coisa de outra), tento tocar diversos instrumentos, tento fazer assessoria de imprensa, tento fotografar, tento filmar, tento editar videos, e principalmente, tento compor música pop. Chutando alto, tenho umas 40 músicas feitas desde 1999, e só mostrei até agora... se 5, foi muito, sendo que apenas duas passaram para a fase de gravação. A primeira, vocês teriam ouvido até um tempo atrás na internet se o site da cantora Núbia Lima não tivesse saído do ar.
A outra que está pra sair vai ser colocada no CD da cantora Priscy. Isto mesmo, aquela que saiu no Kibeloco como Vergonha Alheia Records. O que na verdade seria mais um clipe de "Sérias Restrições Orçamentárias Records". E vou dizer porquê.
Pegue um clipe da Britney Spears e compare com o dela. Naquele clipe Brit é uma aeromoça que dá uns malhos num passageiro, larga ele e vai pra rua (detalhe: muda a roupa e a cor do cabelo, um vermelho-Rihanna), pega uma moto e sai rodando num cenário todo trabalhado no After Effects, larga a moto, entra no laboratório, pega uma poção, tenta escapar dos lasers, quebra o vidro e vira morena com outra roupa, escala a parede de um prédio, vai até o cara e dá um boa-noite cinderela nele, pula do prédio e volta ao avião como a doce aeromoça. A ideia da Priscy de usar um autotune à Ke$ha, e um videoclipe com enredo trabalhado em edição de vídeos, é bem parecida com os insights da musa estadunidense, que vira e mexe entra em fases "gordelicious". Sabe qual a diferença? Britney Spears tem dinheiro.
Mas não vou entrar neste mérito. Eu vou dizer outra coisa: quem dera eu ter 1/3 do culhão que a Priscy teve. Ela passou por cima de todos os xingos que seu vídeo está recebendo (e eu reclamando de um simples "cavala na guitar...") e, numa esperteza biáfrica, está aproveitando a oportunidade para divulgar seu trabalho, seu CD, seu show, e sua voz, que está acima do padrão autotúnico que ela utiliza em seu trabalho.
Quem dera todos nós na vida pegássemos todos os limões que recebemos, misturássemos com pinga, açúgar e gelo e fizéssemos uma bela de uma caipirinha!
P.S.: Ainda estou no aguardo do meu vídeo de quarta passada. Aquilo sim que é uma gordelicious vergonha alheia.

sábado, 29 de outubro de 2011

QUEM DERA SER UM PEIXE - a saga de uma compradora coletiva

Depois que passou a chuva, eu vi que estava precisando colocar os pezinhos de fora de novo. E para isto, eu fiz um Spa para Pés na Designius, na 714/914 Sul Bloco C. E insisto que é bloco C prédio do HU porque eu cheguei toda pimpona no Bloco D, confirmei os dados e o porteiro me mandou pra um lugar inexistente.
Enfim, cheguei ao local e já me preparei para fazer o Spa. A moça é atenciosa e eu consegui descansar meus pezinhos. Primeiro ela colocou num massageador uma essência de eucalipto, que deu aquele cheirinho de sauna. E no raidinho deles Christina Aguilera reforçava a autoestima cantando "You are beautiful no matter what they say..." Depois do massageador, ela passou um esfoliante e fez massagem nos pés (a reflexologia), o que me causou cócegas. O pé ficou muito leve. Depois foi feita a sessão pedicure. Limpou, tirou as cutículas com um produto lá, passou esmalte (um roxinho bonitinho que eu escolhi) e deu o acabamento. Saí de lá com os pezinhos leves e contentes.

sábado, 22 de outubro de 2011

QUEM DERA SER UM PEIXE - a saga de uma compradora coletiva

Hoje o Quem dera ser um peixe conta a história de uma aventureira descobridora dos sete mares (e do Lago Paranoá) que desbravou um frio de 12ºC para ir no Espaço Estético Maria Sousa, na 910 Sul, fazer um mini day-spa. O dia começou com um peeling de diamante que sugou todas as impurezas do rosto. Depois passaram uma máscara de hidratação de mel com própolis, que eu achei que tivesse cheiro de sabão de coco. Terminado o tratamento facial, começou o banho de lua, que serve para clarear os pelos e uniformizar a pele. O inconveniente é que tem um cheiro forte de água oxigenada, mas o luar é meu amigo. A aplicação foi mais rápida porque tinham duas esteticistas passando o produto. Tempo esgotado, tira todo o resto de água oxigenada, e vamos para a esfoliação. A esfoliação foi feita com um produto com aroma de morango (melhor do que a H2O2), também aplicada a quatro mãos. Pele esfoliada, na massagem antiestresse foram usadas quatro mãos e o bambu. Deu pra relaxar muito bem com a massagem, e valeu a pena ter encarado o frio para fazer este relax antes de uma apresentação hoje.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

IT HAPPENED REALLY REALLY FAST

Quinta-feira finalmente saio de Brasília para cantar em outro estado. Tudo bem que é o meu, mas há sempre algo de mágico em levar aquilo que você gosta e faz bem para outras cidades. E no caso, Ribeirão Preto, no V Encontro de Coros Cênicos. Foi uma viagem longa, cansativa, e chegamos somente de madrugada no destino. Na manhã de sexta-feira tivemos uma palestra com Antônio Pantaneschi da Itália e mais tarde uma de expressão corporal com Celso Branco, do sensacional grupo Os Men The Sá, do Rio de Janeiro. À noite, o Coral Cênico Jovem Mackenzie, com suas belas e graciosas vozes, apresentaram o espetáculo "Adoniran e Noel - 100 anos".
Com tempo livre no sábado, aproveitamos para se preparar para o show, claro que sem perder antes a homenagem a Johann Sebastian Mastropiero do grupo Os Men The Sá, que arrancou risos da plateia ribeirãopretana. Arrumamos cena, velas, guarda-chuvas, concentramos e fomos. Foi muito emocionante se apresentar no Teatro Santarosa para aquela plateia qualificada, e para mim foi mais emocionante ver meus primos na plateia. Mas eu tive a sensação de que passou muito rápido, não sei porquê, acho que porque o palco me puxa de volta sempre.
O festival encerrou no domingo com a apresentação do Bossa Nossa que foi muito legal e deu o gás para que voltássemos felizes a Brasília.
P.S.: Agora canta como um elefante!!!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

QUEM DERA SER UM PEIXE - a saga de uma compradora coletiva

E está de volta a saga da compradora coletiva que descobre as coisas interessantes de Brasília. E desta vez foi provar o risoto George Harrison no Café com Vinil (413 Norte). Eu queria muito vê-lo, eu queria muito prová-lo, eu queria realmente experimentá-lo, mas levou um tempo para eu organizar a minha agenda e ir. O risoto vem com três tipos de cogumelos: paris, shitake e shimeji. Além do George Harrison, todos os pratos tem nome de bandas boas. O lugar é aconchegante (e escurinho, tanto que a foto do risoto saiu assim), e tem uma coleção de LPs (não sabe o que é, criança? Pergunta pro teu pai!) e você pode escutá-los. Impressionante a qualidade sonora do LP.

domingo, 25 de setembro de 2011

CHEGA DE SAUDADE!

Ontem foi mais um dia de secura brasiliense, mas antes que as nuvens começassem a aparecer, fui até o Setor Comercial Sul até chegar no SESC Sílvio Barbato. Cheguei lá e estávamos nos aquecendo para fazer mais uma apresentação. Me perdi no subir e descer de escadas até conseguirmos ensaiar perto do refeitório. Fomos nos arrumar, passar o som, passar as cadeiras, tudo pronto. Iríamos abrir para o BeBossa, um grupo vocal show de bola lá do Rio de Janeiro. Se esconde nas coxias, apresentação geral, uma palma de salvas para o pessoal. Entramos no palco, a cada dia eu me sinto mais íntima do palco, como se é exatamente isto que eu quero pra vida. Depois foi a vez do BeBossa preencher o ambiente com suas harmonias, suas vozes, seus beatbox. Encerrado, o BeBossa convidou a o grupo Laugi pro palco e cantamos juntos Chega de saudade. Recebemos elogios de gente tarimbada e tiramos várias fotos.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

AS 7 VERSÕES ACÚSTICAS

Apesar de ter nascido nos 1980, eu cresci nos 1990, e os anos 1990 moldaram muito meu gosto musical. Pro bem e pro mal. E agora nesta onda de trazer de volta o poperô pras rádios (graças a Lady Gaga e ao David Guetta), muitas coisas dos anos 1990 estão sendo redescobertas. Eu adorava dance music na minha pré adolescência, daí que veio o gosto por Ace of Base e derivados. E eu começava a tocar violão nesta época. Meio de improviso, tentava tirar sem sucesso algumas músicas. Daí parti pro rock e o resto virou lenda.
Estes dias descobri um cantor israelense chamado Sagi Rei ouvindo em uma rádio adulta de Brasília uma versão acústica de "What is love" (isso mesmo, baby don't hurt me, don't hurt me, no more...). E depois vieram outras músicas. Aí, baseado no trabalho dele eu resolvi fazer um pequeno projetinho para o Sound Cloud chamado "As 7 versões acústicas". Por que 7? Porque todo mundo que viveu a década de 90 tinha aqueles CDs da Jovem Pan "As 7 melhores". Claro que não tocarei as minhas 7 melhores, o fio da mãepegou as melhores pra ele.
Aguardem que haverá muitas surpresas, que nem eu mesma sei direito. E de antemão, eu deixo a primeira das 7 versões acústicas que fiz.


Maria Barrillari - Tell me by Maria Barrillari

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

TUDO A FAZER É SALTAR SOBRE A LUA

"Tudo menos isto!" ou "Quem sabe outra vez vai ter, mas hoje não"
A história vem até de antes, quando em 2008 fui apresentada ao RENT. Nunca tinha feito nada de teatro na vida a não ser em grupos de jovens e na escola muito porcamente. Mas aquele musical tinha me tocado de alguma forma que eu queria fazê-lo, e ele estava nos planos de um grupo que eu estava participando na época. Mas em 2009 o grupo teve várias atividades que deram certo... menos esta.


"Lembro que tudo começou... Natal... do ano que passou"

Final de 2010, eu soube que teria esta audição. Já não estava tão crua, mas ainda estava totalmente cabaçada no quesito teatral. No começo daquele ano, tinha tentado sem sucesso entrar na Escola de Teatro Musical, e por fim acabei entrando no Laugi. Mas eu me lembrei principalmente de quando o grupo terminou e pensei: eu vou honrar esta bagaça. Fiz a audição despretensiosamente, pois sabia que iriam atuar pessoas que têm experiência monstro em teatro musical. Fiquei muito surpresa de ter visto meu nome lá entre as pessoas que passaram, e pensei: vou querer entrar de cabeça!

"Vai trabalhar? Mude a direção!" ou "Se este é o jogo, quero apostar"
Mas eu sabia que seria muito trabalho que eu teria, pois ao mesmo tempo que eu estaria ensaiando RENT, eu teria o show do Laugi. Eu ficava com muito medo dos ensaios coincidirem o horário, mas nos meses que se passaram, foram poucas as vezes que os ensaios aconteceram simultaneamente. O mais legal é que ambos se complementaram, pois o que eu aprendia em um, eu aplicava no outro e vice-versa.

"A quem conVIVE com, VIVE com, VIVE doente sem morrer..."
Diversas vezes durante este processo eu fui parar no hospital por doenças provavelmente relacionadas com estresse. Mas nada disso me fazia desanimar, e até mesmo me faziam refletir. A peça é intensa, e todo mundo que participou do processo acabava refletindo na vida em cada aula de teatro, canto e até mesmo em danças. Outras pessoas também pararam no hospital, ficaram sem voz, deram até o sangue para isto acontecer.

"Me aceite como eu sou, pois eu nasci assim"
E quando começaram a distribuir os papéis coadjuvantes, eu tentei pegar os que mais se aproximavam de minha vida real. Mas apesar dos papéis serem fortes e de terem vivências que às vezes a gente nunca sentiu (como os drogados e sem-teto), tudo era muito real. E um agradecimento à equipe que me aceitou apesar de eu nunca ter feito teatro antes e a última vez que eu tinha feito aula de dança até então foi há exatos quinze anos.

"Eu nunca vou subir num palco" ou "Ao amor certo, ao verso, a mais que um universo"
E aí começou a quebra de paradigmas. Posso dizer que minhas grandes inspirações para esta quebra de paradigmas (e para a construção dos personagens) foi o filme Cisne Negro, o filme Trainspotting, minha mãe, Britney Spears (sim, pessoas, minha construção é desconstrutiva!), Dilma Rousseff e a arte do carão.

"Não dá pra seguir tentando se as mudanças querem te levar pra longe daqui"
Tivemos muita gente boa que entrou e muita gente boa que saiu, por N motivos. Um deles partiu desta para uma melhor, no melhor sentido da palavra. O ator Mateus Ribeiro foi selecionado para fazer musical em São Paulo e vai estrear Cabaret em outubro com a "pirulona" Claudia Raia.

"A música está no ar e aquece a noite"
E chegou a semana final de ensaios e apresentações. Segunda ainda tive reunião no trabalho em hora de ensaio, mas foi algo mais técnico. Terça fomos no estúdio para ensaiar com a banda, e ensaio com a banda é outra coisa para quem estava acostumado com apenas um piano correpetindo. Quarta foi o Jogo de Cena, onde eu voltei ao palco que três meses antes eu tive minha epifania artística graças ao Thundercats. Quinta no ensaio geral eu estava morta por conta da la vie bohème, mas fizemos um ensaio final bastante produtivo.

"Eu sempre sonhei com algo tão forte assim"
Diferentemente da estreia do show Nosso Jeito, que foi num sábado e eu pude fazer toda a concentração, a estreia do RENT foi numa sexta-feira, com direito a reunião no trabalho, soldadinhos de chumbo, barra de chocolate do Gela e atravessar o deserto do Saara, quer dizer, andar na cidade a 12% de umidade relativa do ar (e meus conterrâneos reclamando de 25%) até chegar no teatro, correr atrás de ingressos, e depois preparar para atuar. Maquiagem, figurino separado (que eu levava em uma mala que meus colegas de trabalho achavam sempre que eu iria viajar). Fizemos um ritual de entrega muito significativo para todos nós, nos concentramos e merrrrrda (no sotaque brasiliense, que é mais legal do que o "merda" paulistano). Escondidos na coxia só ouvindo o burburinho das pessoas que entravam no local. Primeiro sinal, segundo, terceiro, foi! É uma emoção muito grande pisar em um palco em pleno dia do ator. E apesar de eu não ser atriz (muito menos cantriz), é bem diferente do que você entrar em um palco cantando com banda ou com grupo vocal. O sentimento de que "não sou eu no palco" permanece o mesmo. Mas é diferente porque você não está no palco o tempo todo, você tem que ir descer correndo ao camarim para trocar de roupa, e ainda beber muita água (e a tampinha de minha garrafa rolou pro desconhecido em pleno primeiro ato). E são várias facetas ao mesmo tempo: a revolucionária, a mãe judia, a soropositiva, a drogada, a boêmia, a que mede a vida em amor, a que faz "homenage", a que chora um ente que partiu, e por fim, a Maria Barrillari como vocês conhecem.

"Ter glória, servir de inspiração"
O sábado foi quase todo passado no teatro, sendo que tivemos sessões às 17h e às 21h. Cada uma com um elenco totalmente diferente. Engraçado como a gente vai se moldando a cada espetáculo. Por exemplo, vamos achando novas dicas para entrar no palco dependendo que quem é o elenco no dia (e para fazer cena de "pegação" sem derrubar o microfone da coleguinha, né dona Maria?). E desta vez, minha garrafa de água seguiu rumo ao desconhecido. O bom do teatro é a coletividade. Fiquei craque em passar base e fazer tranças nas pessoas, e amarrar biquinis, averiguar cachecóis e demaquilar pessoas em plena escuridão da coxia. Depois disto, saí para comemorar com uma parte do grupo Laugi que veio me assistir e saiu da peça com uma música grudada em suas cacholas: "Acende a minha velaaaaaa..."

"Um salto de fé"
Meu domingo começou com uma notícia triste, mas que tem muito a ver com o que a nossa preparadora vocal Thaís Uessugui nos disse do fato de RENT ser o fim de um ciclo. E a nossa concentração no teatro começou muito diferente. Apesar do clima de despedida, tentamos tirar rock n roll daquilo. Um dos melhores momentos disto foi a nossa passagem de som, quando o cantor e ator César Ribeiro passava seu headset, a banda começou a tocar "Livin' on a prayer" do Bon Jovi. Gabriel Estrela, Hudson Borges e eu assumimos os backing vocals, e as atrizes Isabella Andrade, Luísa Viotti e Micaela Tubaki ensaiavam a coreografia de Out Tonight que casou perfeitamente com a música tocada. A equipe de iluminação também entrou na brincadeira e aquilo pareceu show de rock. Com esta energia fizemos as duas sessões de domingo. Na primeira, meu gorro foi parar no desconhecido. Depois rolou a lenda de que Dulcina de Moraes habitava as dependências daquele teatro que leva seu nome. Conclusão: ela é o desconhecido do paradeiro.

"O que passou não vai mudar, melhor viver e aproveitar"
Entre as duas sessões, começou a rolar a emoção da despedida, pois aquilo que vivenciamos durante seis meses de ensaio estaria acabando naquele momento. Mateuzinho veio de São Paulo nos visitar e passar toda a energia que ele está recebendo em Cabaret. E assim começou a última sessão, onde logo na primeira música eu caí antes de entrar no palco, um sinal de Dulcina, claro, para que eu caia de cabeça na arte que me faz tanto bem. A energia nossa e a da plateia subia a cada cena. Quando cantamos Seasons of Love, eu comecei a me lembrar de tudo o que aconteceu durante o ano de 2011, e cantei com a maior gratidão que alguém pode ter. Fomos ovacionados durante esta música, e eu tenho certeza que tive minha segunda epifania artística neste momento. E foi assim até o final da peça. Ah, sem contar que quando cantamos I'll Cover You (reprise), as lágrimas de todos os atores/cantores eram mais que verdadeiras. E isto foi transmitido a todos os que assistiram à peça.

"Em cada lição que você aprendeu"
Terminando o RENT, ficou aquela sensação de dever cumprido e ao mesmo tempo de perda, pois aqueles ensaios já faziam parte de nossos cotidianos. Fomos comemorar na casa do Gabriel Estrela, onde assistimos uma gravação em vídeo do espetáculo e rimos, choramos, aplaudimos, vibramos a cada cena, a cada atuação, a cada música, a cada vitória que tivemos juntos. Porque o que fica do RENT é isto.



terça-feira, 16 de agosto de 2011

A DONA DE CASA DESESPERADA

Sua casa faz birra? Você não consegue controlar a sua casa? Você não tem dinheiro, nem tempo, nem saco de chamar uma "supernanny"?
Seus problemas acabaram!
Em mais uma etapa do meu "Regulando 2011" (porque não é só a presidenta que tem seu plano de austeridade), vou virar uma dona de casa sem terceirizar serviços. Não, isto não é fácil, mas eu descolei um método na internet chamado Flylady (http://www.flylady.net) Ele é uma Supernanny para Desperate Housewives, porque trabalha com esquemas de rotinas a serem seguidas.
Rotina? Logo você...
Sim, a princípio parece estranho, mas com a casa dá para educar assim. Porque você não vai tomar todo o seu tempo num cômodo só. A ideia do Flylady que me chamou atenção foi o fato de você fazer as coisas que derem em 15 minutos. Terminou os quinze minutos, chega de trabalhar naquela área e vá fazer outra coisa.
E tudo começa com passinhos de bebê (os chamados babysteps), que você tem que começar brilhando sua pia (ainda não a fiz brilhar, mas ela fica bonitinha todo dia).
Não, eu não irei relatar o processo com tanta frequência, muito pelo contrário, mas se isto der resultado, vocês verão no "A dona de casa desesperada"

domingo, 17 de julho de 2011

FESTA DE ENCERRAMENTO DO MUNDO

Imagina só uma festa a ser dada no dia 20 de dezembro de 2012, na véspera do fim do mundo? Imaginou? Pois me chame pra cantar, porque eu tenho uma trilha sonora apocalíptica!
O último dia (Meu amor, o que você faria se só te restasse um dia...)
Eva (Meu amor, olha só, hoje o sol não apareceu, é o fim da aventura humana na Terra...)
Esta noite eu queria que o mundo acabasse (autoexplicativa, né não?)
It's the end of the world as we know it (and I feel fine...)
Não tente me impedir (nem que o mundo acabe, eu vou partir...)
Natasha (O mundo vai acabar e ela só quer dançar...)
'Till the world ends
Profecias (Todos os profetas já anunciaram que o fim dos tempos já tem dia e hora...)
Apocalipse (perto do fim do mundo, onde há fumaça há fogo...)
Um minuto para o fim do mundo
Deu medo (pode o mundo acabar, pode o tempo parar...)
Que no se acabe el mundo (Bendita sea la Tierra, yo no tengo ganas de una despedida...)

E para finalizar o mundo com chave de ouro:
... e o tal do mundo não se acabou!

E você, sabe mais alguma música apocalíptica? Escreva aqui nos comentários!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

CONSIDERAÇÕES SOBRE O MEU FALAR - COMPÊNDIO

a ser editado
Após três anos de Brasília, uma cidade que ainda não criou um sotaque próprio (apesar de começar a esboçar), não pude deixar de reparar na diferença de falar entre paulistanos e brasilienses. E os próprios, muitas vezes me comentavam isso, seja gostando, seja zoando, enfim. O que vocês lerão agora é um compêndio de tudo o que eu já ouvi aqui em Brasília sobre o jeito paulistano de falar.
 
1. Maria Fernããããnda?
2. Não vai perder este sotaque nunca!
3. Pedoe-me? Paulista fala "Perrrrrrrrrrdoe-me"! (com aquele "r" do Kiko chorando - link)
4. (conversando com uma paranaense, chega a candanga) "Vocês são do mesmo lugar?"
5. Você é do Sul?
6. Tuno? Tuno? É turrrrrrrrrrno (de novo com aquele "r" do Kiko), ela é paulista!
7. Acho massa esse "r" (é porque brasileiros acima do Trópico de Capricornio falam tudo aspirado...)
8. Paulista adora falar em gerúndio.
9. Ela é paulistãããããna.
10. Ai, não gosto do sotaque paulista, prefiro o carioahca, mais... eishculacho. (pensa no menino do Sou Foda...)
11. O que é breja?
12. Hum, você quer ficar no ponto... (só que era o ponto DE ÔNIBUS!)
13. (de novo sobre o ponto) Na minha terra, ponto é onde ficam as raparigas...
14. Duro ou mole americano? E isso é nome de brincadeira?
15. Você é de São Paulo? Reparei...
16. Você deve ser curintiããããna (acertou!)
17. Minha mãe nasceu na Capital, é paulista e são-paulina. (depois descobri que é paulista, paulistana, mas palmeirense mesmo)
18. Você fala engraçado! Você é gaúcha? 
19. (de um paulista) Deu saudade agora...
20. Aqui a gente fala "Véi", vocês falam "Mano".
21. (de um carioca) Eu zoo porque zoam do meu chiado.
22. Boa tarrrrde (aqui é aquele "r" caipirão)
23. Vocês falam tudo assim: "Meu nome é Amãããnda, tenho 25 ãããnos e moro na Vila Mariãããna..."
24. No Sul a gente também fala "Se pá"
25. Ó lá, "meeeiiismo" 
26. Agora você falou que nem "mano".

domingo, 12 de junho de 2011

LÁ E AQUI

Parecia São Paulo: frio, chuvoso e com trânsito, e eu com um inexplicável aperto no coração. E uma sensação de alívio, pois depois de meses de árduo trabalho eu iria tirar férias. Mas estava em Brasília, mais precisamente em direção ao Guará, onde tudo aconteceu. Uma maravilhosa notícia de vidas a caminho animou aquela noite. Entre sanduíches, batatas fritas e crianças birrentas, íamos nos preparando. Mas eu não sei andar no Guará, e este troço apitando aí é o sensor de... (carro morre) caralho! Voltamos correndo para nos trocarmos. E a blusinha do Barba? E a sapatilha? E a maquiagem? E o cabelo? E como vamos montar as cadeiras? Descemos e eu nem tinha colocado meu rímel. Arrumamos o espaço e subimos de novo. Terminando de fazer a maquiagem, todos nós nos reunimos em roda, e naquele momento eu percebi que o show tem que continuar. Não importa como você está fora do palco, aquilo fica fora do palco quando você entra. E com uma plateia maior do que esperávamos, descemos para a apresentação. A plateia já aplaudia antes mesmo da gente entrar. Entramos. A plateia aplaudia e acompanhava a cada música que a gente cantava. A sensação é de que o Guará era nosso. Uhul! Um "De novo!" exaltado subiu o ânimo das mulheres no palco e a gritaria histérica e as risadas animaram os homens no palco. E a plateia ia ao delírio de novo. Escrevendo assim nem parece, mas quando volta a sensação é emocionante. E o povo gritava nossos nomes entre comentários como "Viva Bob!". Ouvi até um "Maria, sua linda!" e aquele dia de fog brasiliense elevou nossas almas e espíritos.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O NOSSO JEITO, DO MEU JEITO

2011 chegou. Temporada de ensaios começa. Duas idas a SP marcadas. Janeiro com as últimas músicas novas. Hiperatividade. Primeira ida a SP ok. Primeiro ensaio da "maratona". Cisto. Engole seco e vai. Fevereiro. Ensaios de domingo. Ensaios de segunda. Nem toda a segunda. Ufa. Programa o carnaval. Estou fazendo o projeto, não posso ir ao karaokê. Reuniões em restaurantes chineses. Março. Ensaios de cena. Hei-hai-ho. Segunda ida a SP ok, mas não prevista previamente. Mudança de foco. Quase mudança de gestão. Meu joelho não aguenta. Abril. Pedra na vesícula. Operar de emergência? Não. Ufa. Terceira ida a SP ok. Correr atrás do prejuízo. Cadeiras. Cortes. Gravações. "Baixe a bola." Páscoa regada a lasanha de micro-ondas. Ensaios de sexta. Vou passar o aniversário ensaiando. Não vou mais. Ufa. Maio. Ensaios até às 23h. Tô veia pra sair de balada. Mais cortes. Silfos. Divulgação. Ensaios gerais. Idas ao Teatro. Trair o movimento e quase passar mal por isto. G7. "Vontade de chorar, vontade de morrer". Pontão. Pra longe perto do Paranoá. Semana final. Prova de figurino. Ensaio todos os dias. Medinho. Empolgação. Divulgação na UnB. Jogo de Cena. "Salma de palmas".  Emoção a flor da pele. Divulgação no Coro Sinfônico. Prova final de figurino. Ir ao Teatro com chuva e frio. Chuva? Em maio? Ensaio até meia-noite.
Sábado. Busca os pais... e a tia. Multa? Ensaio no Teatro. Passa luz. Volta pra casa pra tomar banho e almoçar. Volta pro Teatro. Cadê todo mundo? Passa microfones. 18h maqueia. Não vai dar tempo. Esgotaram os ingressos. Cadê a sacola dos acessórios? Achou. Ufa. Concentração, relaxamento. Primeiro sinal. Corrente pra frente. Segundo sinal. Se arruma pra coxia. Frio na barriga. Cinge os rins. Terceiro sinal. Paulão fala os oferecimentos. Abriu a cortina. Palmas. Entramos. Surpresas. Palmas. Risadas. Dani Baggio. Bravo! "coreografia do foguinho". Fim do primeiro ato. Show do intervalo. Se arruma rápido. Como assim já é a nossa hora? Mulheres no palco. Fiu-fiu! Homens no palco. Risadas. Se arruma rápido na coxia. Tosse. Bravo! Risadas e mais risadas. Fim. Bis. Acabou o primeiro dia. Passagem secreta. Cumprimentos no foyer. Recadinhos. Amanhã tem mais. Cadê a camiseta do Barba?
Domingo. Vou bater em alguém. Chega no Teatro. Passa som. Passa microfones e instrumentos. "Caí da bicicleta". Se arruma mais cedo. Cadê minha saia? Organização da maquiagem. Concentração, relaxamento e aquecimento. Minha voz não está saindo. Mais aquecimento. Pelamordedeus. Ufa. Primeiro sinal. Concentra energia. Kundalini. Segundo sinal. "Você está mais calma hoje". Terceiro sinal. Entramos. O show é o mesmo, mas não é o mesmo show. Gravação. Plateia empolgada. Dani Baggio quebra o protocolo. Adoro! Fim do primeiro ato. Show do intervalo. Brincadeiras na coxia. Segundo ato, mas já estamos a postos. Mulheres no palco. Gostosas! Homens no palco. Gostosa! Saíram as notas, ufa! Risadas e mais risadas. Fim. Bis. Emoção à tona. Uhul! Passagem pro foyer. Vamos pra pizzaria 1. Não, vamos pra pizzaria 2. E na noite mais fria do ano, recebemos uma plateia calorosa e comemoramos do nosso jeito o sucesso do Nosso Jeito, e o começo de uma longa história. E o show <b>tem</b> que continuar!

quarta-feira, 18 de maio de 2011

SUBO NESTE PALCO...

O momento de entrar no palco é um ritual sagrado que flui do espírito do artista para a plateia. Parece que toda a mente fica parada num plano de tempo e espaço onde nenhum homem jamais alcançou.
Ao por os pés no palco, eu não sou mais eu. Eu sou passista, cantora, atriz, boneca, marionete, o que eu quiser. A gente se transforma e a plateia mergulha na mesma sensação. Acreditem, uma salva de palmas tem o poder de elevar o palco, os artistas e os sentidos aos céus. E quando você está lá e sente uma vibração nunca antes sentida, não é porque o palco te dominou, mas é porque você dominou o palco.
Quando estou no palco, nem parece que foram necessárias horas em demasia de ensaios, dormindo tarde e acordando cedo. O poder que o palco te dá transforma tudo isto em algo natural, orgânico, que vem de você e passa pela plateia. É inebriante, é um prazer prolongado que nenhuma pessoa, objeto ou lugar pode te oferecer. É a minha escolha, é o meu lugar.
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